sexta-feira, 2 de outubro de 2015

GOVERNO QUER MUDAR A CONSTITUIÇÃO PARA ACABAR COM O ABONO DE PERMANÊNCIA QUE HOJE BENEFICIA 10 MIL SERVIDORES DO INSS. OUTROS CINCO  MIL ESTAVAM NA FILA

A Proposta de Emenda Constitucional  foi enviada ao Congresso Nacional para ser votada, acompanhada de Exposição de Motivos , assinadas pelos ministros da Fazenda e do Planejamento, Orçamento e Gestão, Joaquim Levy e Nelson Barboza,

1) O ANUNCIO DA MEDIDA ,  EM 14.09.2015

“Outra medida apresentada, que depende de aprovação pelo Congresso Nacional de uma Proposta de Emenda Constitucional (PEC), é a eliminação do Abono de Permanência, equivalente à 11% do salário pago ao servidor em condições de se aposentar mas que continua trabalhando. O fim do abono reduz em R$ 1,2 bilhão a despesa obrigatória do governo. Atualmente, há 101 mil servidores nessa condição no Poder Executivo, com previsão de mais 123 mil nos próximos cinco anos”

2) O TEOR DA EMENDA CONSTITUCIONAL PROPOSTA

Revoga o § 19 do art. 40 da Constituição e o § 5º do art. 2º e o § 1º do art. 3º da Emenda Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de 2003.
Art. 1º  Ficam revogados:
I - o § 19 do art. 40 da Constituição; e
II - o § 5º do art. 2º e o § 1º do art. 3º da Emenda Constitucional nº 41, de 19 de dezembro de 2003.
Art. 2º  Esta Emenda Constitucional entra em vigor na data de sua publicação.
(...)
3) OPINIÃO DA ANASPS
Está muito claro que os ministros Joaquim Levy e Nelson Barbosa abriram o “saco de maldades”, jogando dentro dele várias dezenas de servidores idosos, com mais de 60 /65 anos .
A maldade maior, se a PEC fôr aprovada no mesmo dias os 101 mil servidores perderão 11% de seus ganhos!!
Esta é uma visão fiscal do Estado, não uma visão social do Estado,.
Eles sabem que os servidores não incorporam nas suas aposentadorias as gratificações que percebem, criadas para complementar salários, diante de vencimentos básicos ultrajantes, humilhantes e deprimentes.
As gratificações correspondem a 70% dos vencimentos.
O abono de permanência não é ilegal nem imoral.
Não se trata de uma excrescência, uma benesse, um privilégio
É um direito explicitado na Constituição  a quem dedica uma vida ao Estado brasileiro. O recurso ao abono de permanência instituído em 1988, portanto há 27 anos,  teve o objetivo ético de:
1)    Segurar a expertise dos servidores, diante da cruel opção do governo contra a reposição de quadros por concurso
2)    Manter os rendimentos  familiares até o limite da compulsoriedade.
O governo prefere terceirizar servidores, sem compromissos com as instituições, por cargos em comissão e funções gratificadas, além de encher o serviço público de estagiários, temporários e contratados  pelas  organizações multilaterais, como OPAS. UNICEF, Banco Mundial, PNUD, etc.
Se os concursados pesam no orçamento, os 500 mil terceirizados pesam muito mais.
O Ministério do Planejamento não um numero confiável sobre o caixa dois dos terceirizados e sem vínculos;
O último número que divulgou o MPOG ,  em 25.07.2014,  mostrou que o Poder Executivo tinha 131. 528 cargos ocupados por pessoal não estável.(sem concurso público) 10% na rua reduziriam gastos.
UM governo com um mínimo de vergonha deveria abrir a caixa preta dos terceirizados, dos temporários , dos não-estáveis , ao invés de punir os que dão o sangue e a vida pelo Estado brasileiro.
Além do que  (sem concursos) não será fácil substituir os 110 mil servidores, sem um forte abalo nas instituições e nas vidas das pessoas, com mais de 60 anos!
O que acontecerá? A população contribuinte será privada na qualidade dos serviços públicos.
Chega de vilania
O bravo povo brasileiro não sabe quanto ganham os ministros . Certamente não tem um vencimento básico  humilhante.  Não sabem que recebem uma fortuna como conselheiros de estatais , diárias, auxílio moradia, cartão corporativo, avião. etc.etc.

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ANASPS/ON LINE/Extra
Ano XVII, Edição nº 1417

Brasília,2 de Outubro de 2015

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