quinta-feira, 8 de outubro de 2015

ANMP foi chamada para audiência com Planejamento e  retomar  negociação da greve dos peritos médicos

A ANMP recebeu convite para audiência com o Planejamento com intuito a retomar as negociações da reestruturação da carreira dos peritos médicos. Realizada agora há pouco, o MPOG foi representado por Sérgio Mendonça, Secretário de Relações do Trabalho no Serviço Público (SRT/MPOG), Edina Lima, Secretária-Adjunta de Relações do Trabalho, Mauro Henrique Pessoa, Secretário de Gestão Pública (SEGEP/MPOG) e pelo assessor especial da SRT/MPOG, Vladimir Nepomuceno. O presidente da ANMP, Francisco Cardoso, e o diretor sindical da ANMP, Luiz Argolo, representaram a categoria.
Na reunião, o MPOG reforçou a necessidade urgente de se chegar a um acordo pelo fim da greve dos peritos e lembraram que nesse momento somos a única categoria federal com movimento paredista organizado. Sérgio Mendonça abriu a reunião dizendo que era conhecedor da pauta da greve mas que o governo queria saber o que seria inegociável e o que poderia ser avançado em grupos de trabalho em vistas a um acordo de encerramento de greve.
A ANMP respondeu que a greve vem da força da base, dos peritos organizados por uma entidade que voltou a representar a categoria e que é a confiança dela na diretoria que sustenta a greve. Ressaltamos que fizemos todo o possível para não entrar na greve, mas a falta de respostas do governo diante da pauta da categoria nos levou ao movimento.
A ANMP disse que são itens inegociáveis: a jornada de 30h (com opção de 20h), o fim da terceirização, a redução dos níveis de progressão com o fim do curso pé-na-cova e a incorporação da GDAPMP ao vencimento básico do ativo e inativo. Os outros itens de pauta da greve são pertinentes de discussão com o INSS, por serem rotinas operacionais, mas a ANMP não aceitará que a autarquia continue imóvel perante às demandas operacionais apresentadas pela associação e que dentro de um possível acordo que a administração se comprometa a implementar de forma imediata o que já é previsto em lei e que as outras mudanças sejam implementadas conforme caso a caso.
Em relação à reposição das perdas salariais, novamente o governo apresentou a proposta de 10,8% em dois anos ou 21,3% em quatro anos. Esse assunto ficou para ser discutido após a definição dos itens inegociáveis, assim como a reposição do quadro de peritos médicos que sofre com déficit de quase 3.000 vagas. A ANMP reiterou que o governo sofre perdas bilionárias anualmente por não ter uma carreira pericial estruturada e atrativa.
Os representantes do Planejamento reconheceram isso e disseram que essa discussão agora será levada aos ministros das áreas pertinentes (Trabalho e Previdência, Planejamento e Fazenda) e que, diante dos argumentos técnicos fundamentados apresentados e reiterados pela ANMP, e também por conta da greve, que haverá uma resposta célere por parte do Governo para se tentar chegar a um possível acordo o mais breve que der.

A ANMP aguardará o retorno do Governo e reitera para a categoria que a greve é a nossa ferramenta e o nosso caminho em busca dos nossos objetivos, do reconhecimento dos nossos pleitos e que o movimento paredista deverá continuar forte e coeso como vem sendo desde seu início.

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