quarta-feira, 11 de novembro de 2015

CISS: Modelo sugere que proteção social deve estar aliada à economia e a politicas de saúde e trabalho.


CISS: Modelo sugere que proteção social deve estar aliada à economia e a politicas de saúde e trabalho. Último dia da reunião sobre envelhecimento e economia preventiva inclui prêmio a pesquisadores e definições da agenda da CISS para 2016
Última modificação: 06/11/2015 20:33
 (De São Paulo) – Para um desenvolvimento sustentável, as sociedades devem se apoiar em quatro pilares estruturais: proteção social, saúde, política econômica e mercado de trabalho. Esse foi o modelo apresentado no segundo dia da Reunião de Alto Nível sobre Envelhecimento e Economia Preventiva, com representantes de mais de 20 países membros da CISS – Conferência Interamericana de Seguridade Social.
Em sua apresentação na rodada sobre “Proteção Social e Economia Preventiva: novos rumos em políticas públicas”, Reginald Thomas, vice-presidente da CISS, apresentou um modelo que alinha geração de emprego e renda à acesso à cobertura, o que conduz à prevenção e possibilidade de poupar, criando um círculo virtuoso mesmo no contexto atual, em que países vivem uma realidade de menos recursos e aumento da população idosa.
Com realidades bem distintas e diferenças culturais marcantes, os países que participaram do debate, Antígua e Barbuda, Bahamas e Costa Rica expuseram um fator comum a todos: garantir os direitos previstos em lei no que diz respeito à seguridade social e envidar esforços para incluir na rede de proteção aqueles que ainda estão sem cobertura previdenciária.
Também participou da mesa Flavia Piovessan, representante da Organização dos Estados Americanos responsável pelo Grupo de Trabalho que monitora o Protocolo de San Salvador, sobre garantia de acesso aos direitos econômicos, sociais e culturais. Ela destacou que o artigo 9o do Protocolo determina que toda pessoa tem direito à seguridade social para uma velhice digna com padrões protetivos mínimos. No entanto, cinco dos países mais desiguais do mundo estão na América Latina, e um deles é o Brasil. Nesses países, os grupos que mais sofrem com a desigualdade de gênero e étnico racial são os afrodescendentes e indígenas.
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Rogério Nagamine (ao centro, com o Prêmio) entre a vencedora da Guatemala e Benedito Adalberto Brunca. Foto: Erasmo Salomão /MTPS


CISS: Países das Américas discutem soluções para enfrentar envelhecimento e escassez de recursos. Secretário de Previdência Social do MTPS, Carlos Gabas, diz que compartilhar experiências garante sucesso na seguridade social
Última modificação: 05/11/2015 18:50

Lozano, Anaya, Gabas, Reginald Thomas, Nicolas Starck e Lionel Flores, todos da CISS, na abertura do evento (Foto: Erasmo Salomão/MTPS)

De São Paulo (SP) – O
Na abertura da reuniâo, o secretário especial da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabas, que é vice-presidente da CISS, afirmou que compartilhar experiências é um caminho para garantir sucesso na seguridade social. “Existem peculiaridades, mas na origem são parecidas. Este evento é oportunidade para construir soluções.”
Gabas destacou que o Brasil está tratando do desafio da transição demográfica no âmbito do Fórum de Debates de Trabalho e Previdência Social. “Temos o dever de dialogar com a sociedade porque precisamos mudar regras. É preciso fazer uma adequação, mas que não deve ser abrupta”, disse. A média de idade de aposentadoria é de 52 anos para homens e de 55 anos para mulheres. “É uma média muito baixa, considerando que a expectativa de sobrevida chega a 84 anos”, afirmou.
Para ele, apenas com o diálogo é possível criar solução que garanta sustentabilidade do sistema para os próximos 30, 40 e 50 anos. “Só assim garantimos proteção para as próximas gerações”, completou.

O presidente da CISS, José Antonio Gonzalez Anaya, observou que o Brasil é o país que possui o maior sistema de seguridade social das Américas. Atualmente, conta com 60 milhões de contribuintes, o que corresponde a uma taxa de cobertura de 73% da população. O orçamento para 2016, incluindo benefícios sociais a idosos de baixa renda e pessoas com deficiência, é da ordem de R$ 600 bilhões.

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