quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Mensagem da ANASPS nos 92 anos da Previdência
Dia Nacional da Previdência Social

A Lei Eloy Chaves (Decreto Legislativo nº 4.682, de 24 de janeiro de 1923) está completando 92 anos, marco de criação das caixas de aposentadorias e pensões e base da Previdência Social brasileira. Inicialmente concediam quatro benefícios para manter a renda da família e do trabalhador em caso de doença, incapacidade, velhice e morte. Os trabalhadores contribuíam com 3%, as empresas com 1% de sua renda bruta. O governo estava fora.
As aposentadorias por invalidez eram provisórias e ficavam sujeitas à revisão. Não se acumulariam pensões e aposentadorias. As pensões tinham regras: ou viúvo ou a viúva não poderiam casar de novo. Os filhos perderiam a pensão ao completar 18 anos. As filhas ao se casarem. Também cessaria a pensão “em caso de vida desonesta ou vagabundagem do pensionista”.
O sistema evoluiu e dez anos depois, na década de 30, foram criados os institutos, por categorias profissionais, unificados em 1966, com o INPS, do qual derivou o modelo atual do INSS.
Inspirado nos princípios universais de bem estar social, do pacto de gerações, em que os trabalhadores de hoje financiam os de ontem, em repartição simples, e principalmente em que não existe beneficio sem contribuição e não existe contribuição se não for assegurado beneficio, o sistema se desenvolveu. Quando as receitas foram maiores do que as contribuições, o saldo foi utilizado para diversos fins, beneficiando os trabalhadores, outros desenvolvendo o país e muitas pilhagens e desmandos.
Hoje, o Regime Geral de Previdência Social está de pé, com desajustes no seu financiamento, o que não impede que a Previdência continue sendo a maior seguradora social da América Latina, o maior distribuidor de renda do país, o maior instrumento de proteção e de coesão social.
Neste 92 anos, homenageamos, certamente, os mais de 2 milhões de servidores que passaram pelas caixas e pelos institutos, com trabalho, responsabilidade, compromisso e honradez e que nos legaram o INSS onde hoje somos 80 mil servidores ativos e inativos, devotados, dedicados e comprometidos com os 65 milhões de segurados contribuintes e 28 milhões de beneficiários do RGPS e com os 4 milhões assistenciais, que igualmente homenageamos, em nome de seus antepassados.
Voltada para o futuro da Previdência, a ANASPS clama que ela seja ajustada, em seus parâmetros de gestão limpa e de governança séria, pois o sonho e esperança da segurança social não podem ser frustrados pelos  desmandos  dos que desconhecem o ideário de estadistas como Eloy Chaves.
Brasília, 24 de janeiro de 2015

A Diretoria da ANASPS

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