sexta-feira, 30 de janeiro de 2015

COBRANÇA DAS DIVIDAS DOS CLUBES FEDERAÇÕES E CONFDERAÇÕES DE FUTEBOL
OPINIÃO DA ANASPS

Desde 1974  quando foi criado o Ministério  da Previdência, portanto há 41 anos, que a Previdência tenta estruturar o relacionamento entre a Previdência Social e os clubes de futebol do pais.
Naquele ano foi fixada a contribuição dos clubes, subsidiada, e disciplinada a contribuição dos atletas profissionais e dos empregados dos clubes, federações e confederações.
Mas os clubes nunca honraram seus compromissos, com raras exceções.
Desde então, o endividamento cresce. Todo dinheiro dos clubes some entre dirigentes e cartolas, empresários e intermediários. Um futebol rico, com atletas de alto nível, e uma gestão atrapalhada.
Nos últimos 12 anos, os clubes estiveram nos vários REFIS. Parcelaram as dividas, pagaram uma prestação, pegaram certidão para fins específicos, voltaram a inadimplência.
A conclusão que se tira é que os dirigentes não querem pagar e transferem a conta aparentemente para o governo quando na verdade é para toda a sociedade.
90% dos atletas recebem no máximo dois salários mínimos. Idem os empregados. Os clubes não recolhem o INSS, o FGTS o Imposto de Renda. Os atletas de ponta tem outro tipo de remuneração como pessoa jurídica e seus próprios cartolas (empresários). Mas também sonegam.
A Previdência já foi obrigada a não tomar os estádios.
Mas os dirigentes? Formam a banda podre do esporte brasileiro. A banda podre tem a “bancada da bola”, que foram subsidiados pela CBF, e que aproveitaram uma MP que tramitava no Congresso e “tascaram” a chamada de “emenda dos caloteiros”, que dava 20 anos para os clubes não pagar o que devem e que foram apropriados por dirigentes...
O valor da divida com a Previdência Social, o FGTS e o Imposto de Renda é de R$ 4 bilhões.

NA BUSCA DE SOLUÇÃO FOI CRIADO UM GT
Presidência da República
CASA CIVIL
PORTARIA No - 170, DE 27 DE JANEIRO DE 2015
            O MINISTRO DE ESTADO CHEFE DA CASA CIVIL DA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA , no uso de suas atribuições e tendo em vista o disposto no art. 2 o , § 2 o , da Portaria Interministerial n o 140, de 22 de janeiro de 2015, resolve DESIGNAR os seguintes membros para compor o Grupo Técnico Interministerial - GTI, que tem como finalidade elaborar proposta legislativa para modernizar a gestão do futebol brasileiro, promover a transparência e a responsabilidade fiscal das entidades desportivas e disciplinar a possibilidade de refinanciamento de suas dívidas com a União:
Casa Civil da Presidência da República:
IVO DA MOTTA AZEVEDO CORRÊA;
Ministério da Fazenda:
FABIO FRANCO BARBOSA FERNANDES;
Ministério do Esporte:
IVAN ALVES SOARES;
Ministério da Justiça:
GABRIEL DE CARVALHO SAMPAIO;
Ministério da Previdência Social:
JOSÉ EDUARDO DE LIMA VARGAS;
Advocacia-Geral da União:
GUSTAVO CALDAS GUIMARÃES DE CAMPOS.
ALOIZIO MERCADANTE OLIVA


Escolha o placar: o veto de Dilma foi o primeiro gol da reação pós-Copa ou o do empate pós-ministério?
Juca Kfouri FOLHA DE S. PAULO - SP | ESPORTE
Ao vetar o refinanciamento da dívida dos clubes em 20 anos e sem mudança no modelo de gestão, Dilma Rousseff não apenas cumpriu com a palavra empenhada junto ao Bom Senso FC (BSFC), mas sinalizou que quer mudanças para valer no futebol e no esporte brasileiros.
Se significou a maior derrota da CBF desde os 7 a 1, representou também o primeiro gol para amenizar a goleada.
Agora, a toque de caixa como quer o governo federal, e sob a coordenação da Casa Civil, os ministérios da Justiça, da Previdência Social, da Fazenda e do Esporte, além do BSFC, CBF, especialistas e jornalistas, comporão um conselho para definir, baseado no que já foi feito em torno da Lei da Responsabilidade Fiscal do Esporte, a proposta final a ser submetida ao novo Congresso Nacional.
O reconhecimento formal do BSFC fortalece o movimento dos jogadores e a indicação de Edinho Silva para Autoridade Pública Olímpica (APO) revela a vontade política de mudar para valer o status quo de nosso esporte, quem sabe o gol de empate, o do 1 a 1, depois da montagem de um ministério do Esporte ainda menos relevante que o anterior.
Ex-prefeito eleito e reeleito de Araraquara, presidente do PT paulista, tesoureiro da última campanha de Dilma Rousseff, Silva não cai de paraquedas no esporte, ao contrário do que se possa supor.
Sociólogo elogiado por seus professores e professor elogiado por seus alunos, ele foi o responsável por produzir alentada reflexão sobre o caminho que o governo deveria percorrer para tirar o Brasil da Idade da Pedra em termos de política esportiva.
Com carta branca dada pela presidenta para formular o legado esportivo da Rio-16, Edinho Silva tem plena consciência da sua responsabilidade e da expectativa criada em torno dele por substituir o discreto general Fernando Azevedo e Silva como APO a pouco mais de um ano da Olimpíada.
De boas intenções, sabemos todos, o inferno está repleto e de promessas não cumpridas nós é que estamos cheios.
Ao menos, desta vez, neste 2015 pra lá de problemático, o esporte começa com uma promessa cumprida fielmente, apesar de todas as pressões, por Dilma Rousseff e pelo ministro Aloísio Mercadante: o veto ao novo engodo que a CBF e a bancada da bola quiseram impor ao país.
Não é nada, não é nada, é um gol.
O do 7 a 2 e o do 1 a 1.
Desesperar jamais!

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ANASPS/ON LINE/Extra

Ano XVIII, Edição nº 1.347

Brasília , 30 de janeiro de 2015

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