quarta-feira, 9 de julho de 2014

Programa de Governo

Paulo César Régis de Souza (*)

No horário eleitoral gratuito — que de gratuito não tem nada, pois os custos são pagos pela Receita Federal, a peso de ouro — os partidos políticos raramente se ocupam do tema Previdência Social. Repetem a lenga-lenga que seus partidos defendem: mais escolas, hospitais, estradas, segurança, transportes públicos e educação. Tudo em vão! Espremendo, não se aproveita nadica de nada.
A questão da seguridade social no país é muito forte e impactante para ser deixada de lado. Nesse “pacto de gerações” se apoia a nossa sociedade, sendo ela contributiva ou não.
São quase 60 milhões de contribuintes para instituto de previdência, 12 milhões para  previdência complementar aberta, 6 milhões para previdência complementar  fechada,  27 milhões de beneficiários do Regime Geral de Previdência Social (RGPS), 10 milhões de segurados públicos,  5 milhões de beneficiários públicos federais, estaduais e municipais,  4 milhões da Lei Orgânica de Assistência Social, idosos sem renda e incapacitados, 13 milhões no Bolsa Família.

Não é possível, e muito menos desejável, a convivência com o uso da receita previdenciária para fins políticos, com a má qualidade da governança da receita previdenciária,  com benefícios que não asseguram mais uma velhice tranquila, com precatórios que corrigem no Judiciário as injustiças, com o queijo suíço de furos no sistema de pensões, com a diferenciação no sistema de reajuste dos benefícios do mínimo e, acima dele, com a vigência indefinida do fator previdenciário, com a ausência de uma idade mínima para o trabalhador do RGPS.

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