quarta-feira, 13 de maio de 2015


GESTÃO: Previdência recebe Contag que apresenta pauta de reivindicaçõesMinistro Gabas e a presidente do INSS, Elisete Berchiol, trataram dos avanços na relação da pasta com os trabalhadores rurais

Ministro da Previdência Social, Carlos Gabas, discute avanços dos trabalhadores rurais com a Contag. Foto: Erasmo Salomão/MPS
Da Redação (Brasília) – O ministro da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabas recebeu, nesta terça-feira (8), a Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag). Na pauta o “21º Grito da Terra”, que acontecerá entre os dias 18 a 22 de maio, em Brasília. Gabas comemorou a parceria “bem sucedida” com a entidade: “Nos últimos anos os trabalhadores rurais e a Previdência Social conseguiram muitos avanços positivos”.
Gabas ressaltou a inclusão na proposta do governo para a Medida Provisória 665, da alteração da lei 8.213/91, que autoriza o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) a utilizar as informações do Cadastro Nacional de Informações Sociais (CNIS) no reconhecimento automático dos direitos previdenciários aos trabalhadores rurais.
O presidente da Contag, Alberto Ercílio Broch, observou que a Confederação está dialogando com os ministérios com o objetivo de encontrar caminhos de ajuste nas medidas provisórias de acordo com as expectativas dos trabalhadores rurais. O secretário de Políticas Sociais da Contag, José Wilson Gonçalves, citou a facilidade de diálogo com a Previdência Social, e destacou os esforços das instituições para solução dos problemas dos trabalhadores rurais.
Melhoria – Para a presidente do INSS, Elisete Berchiol, a alteração da lei 8.213/91 e o reconhecimento automático dos direitos dos trabalhadores rurais é uma grande melhoria tanto para os trabalhadores rurais quanto uma segurança para o INSS.
Gabas garantiu que as questões discutidas na reunião e que não envolvem alterações legais serão encaminhadas e resolvidas pela Previdência Social. O ministro falou ainda sobre a criação do Fórum de Debates sobre Políticas de Emprego, Trabalho e Renda e Previdência Social, cujo objetivo é promover o debate entre representantes dos trabalhadores, aposentados e pensionistas, dos empregadores e do governo com foco no aperfeiçoamento e sustentabilidade das políticas sociais. Gabas destacou a participação da Contag no Fórum.
A reunião, no ministério, foi acompanhada por representantes de Sindicatos Rurais de todo o país.

INCLUSÃO: Segurados podem se filiar à Previdência Social pagando 5% do salário mínimo. A inscrição na Previdência permite ao trabalhador e a sua família o acesso a vários benefícios
 – Os empreendedores individuais e as donas de casa de baixa renda podem se filiar à Previdência Social pagando por mês uma alíquota reduzida de 5% do salário mínimo, o que corresponde ao valor de R$ 39,40.
A dona de casa que não possui renda e realiza o trabalho na própria residência pode se inscrever na Previdência Social como segurado facultativo de baixa renda. Para isso, a família da segurada não pode ter uma renda superior a dois salários mínimos, o que corresponde, atualmente, a R$ 1.576 , além disso, a dona de casa precisa estar inscrita no CadÚnico, o cadastro para programas sociais do Governo Federal. A modalidade de inscrição também permite aos homens que preencham os mesmos requisitos se inscrever na Previdência como facultativo de baixa renda.
Após realizar a sua inscrição, o segurado facultativo de baixa renda deve fazer o recolhimento da sua contribuição até o dia 15 de cada mês, exceto quando a data cai em finais de semana ou feriado, sendo transferida para o dia útil seguinte. A Guia para o cidadão realizar o pagamento da contribuição para o INSS pode ser adquirida em livrarias e papelarias, ou também pode ser emitida pela internet, no site www.previdencia.gov.br. Nesse endereço eletrônico, também podem ser efetuados os cálculos para os pagamentos em atraso. Clique aqui e acesse os códigos que devem ser informados na Guia de Previdência Social (GPS), conforme o plano de recolhimento definido pelo segurado facultativo de baixa renda.
De acordo com dados da Secretaria de Políticas da Previdência Social, até março, o total acumulado de segurados facultativos de baixa renda inscritos na Previdência Social era de 405.091. O maior número de cadastros encontra-se na região Sudeste com 162.268 inscrições e o menor número de inscrições está na região Norte com 8.700 adesões.
O empreendedor individual é outra categoria de segurado que possui alíquota reduzida de contribuição. É considerado empreendedor individual o trabalhador por conta própria que possui faturamento bruto, por ano, de até R$ 60 mil. A inscrição é realizada no Portal do Empreendedor (www.portaldoemrpeendedor.gov.br). Esses trabalhadores recolhem, mensalmente, R$ 39,40 para a Previdência Social mais R$ 5,00 para aqueles que atuam como prestadores de serviço, ou R$ 1,00 para os que atuam no comércio e indústria. O carnê de contribuição pode ser impresso no próprio Portal. O recolhimento da contribuição deve ser realizado até o dia 20 de cada mês, exceto quando a data cai em sábados, domingos e feriados. Nestes casos, a contribuição é transferida para o próximo dia útil.
Segundo a Receita Federal, até o último dia 2 de maio, havia no país 4.869.075 empreendedores individuais formalizados.

De Brasília (DF) – Tendo em vista as reportagens veiculadas por alguns veículos de comunicação nas últimas semanas e, com o intuito de informar entidades e participantes, a Previc vem a público prestar os seguintes esclarecimentos:
O sistema não apresenta problemas de risco agregado de insolvência. O segmento é sólido, seguro e com grande potencial de crescimento. Há quase quatro décadas que o sistema paga, religiosamente em dia, as obrigações assumidas com seus participantes. Eventuais situações pontuais de desequilíbrio de planos têm sido objeto de estreito acompanhamento por parte da Previc.
O Brasil ocupa a 8ª posição no ranking mundial. Nosso Sistema de Previdência Complementar Fechado possui atualmente 317 entidades que administram 1.099 planos de benefícios. Seus ativos totais superam R$ 704 bilhões, aproximadamente 13% do PIB nacional.  Em 2014 o sistema pagou mais de R$ 35 bilhões em benefícios, o que correspondeu a um valor médio de R$ 3,9 mil.
Oscilações entre deficit e superavit no último ano foram impactadas pelo não atingimento das metas atuariais dos planos, uma vez que a rentabilidade dos investimentos ficou abaixo da taxa média atuarial de 4,22%. No ano passado os ativos dos planos de benefícios foram influenciados, principalmente, pela conjuntura econômica brasileira e pelo resultado negativo do segmento de renda variável, que responde por 24% dos investimentos. Há de se observar, contudo, que numa análise mais consistente e de longo prazo, a rentabilidade agregada do sistema foi de 297,47% nos últimos onze anos, superando, com folga, a taxa média atuarial do período, de 214,35%.
A Previc assegura à sociedade que atua de maneira firme para proteger os interesses dos participantes e preservar as relações previdenciárias. A autarquia considera inadmissível desvios de condutas. Esses pontos fora da curva são tratados com o rigor que a lei impõe. Lembramos que tais casos, inclusive, estão no âmbito de outras esferas de competência – que têm agido com igual firmeza e compromisso.
O Brasil passa por um momento especial em sua história, face à profunda transição demográfica, que já afeta sua população. O modelo de proteção social escolhido pelo nosso país é referência junto à comunidade internacional. Os fundos de pensão foram e continuarão sendo um importante instrumento de proteção ao cidadão, em conjunto com o regime geral. Por se tratar de uma política de Estado, toda e qualquer discussão que envolva a saúde ou governança do setor deverá ser feita de forma serena e republicana.
 Superintendência Nacional de Previdência Complementar – Previc

Leia mais no
Gex/ANASPS
Ano XIV, Edição 682
Brasília 13 de maio de 2015

Nenhum comentário:

Postar um comentário