18/01/2016
14h14 - Atualizado em 18/01/2016 14h19
Médicos peritos
do INSS anunciam volta ao trabalho a partir do dia 25
Associação diz, porém,
que será retomado apenas o atendimento essencial.INSS diz buscar rápida
regularização do atendimento à população.
Depois de quase 140 dias
de greve, os médicos peritos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)
decidiram retornar ao trabalho, a partir da próxima segunda-feira (25), segundo
a associação nacional da categoria. A entidade informa, no entanto, que será
retomado apenas o atendimento àqueles que ainda não se submeteram à perícia
médica inicial.
Em nota, a Associação
Nacional dos Médicos Peritos (ANMP) afirma que a categoria permanecerá em
estado de greve, o que significa que será mantido apenas o atendimento
essencial, com prioridade para quem vai fazer a primeira perícia para dar
entrada a algum tipo de benefício.
"Novas paralisações
no futuro não estão descartadas. Esperamos que com essa atitude de distensionamento,
o governo saia da trincheira em que se colocou e volte a negociar com a
categoria", afirma o comunicado.
O INSS informou que o
retorno dos peritos ao trabalho "permitirá ao Instituto envidar esforços
para uma rápida e completa regularização do atendimento à população, reduzindo
o tempo de espera pela perícia médica e agilizando a conclusão dos processos
represados".
Segundo o órgão, "em
boa parte das unidades", o atendimento pericial é realizado normalmente.
"A Central de Atendimento 135 está à disposição para informar os segurados
e realizar os agendamentos e/ou reagendamentos necessários", acrescentou.
A greve (a mais longa da
categoria) foi iniciada no dia 4 de setembro do ano passado. Mais de 2 milhões
de perícias deixaram de ser feitas desde então, segundo a associação que
representa os trabalhadores.
Hoje, apenas cerca de 30%
dos peritos estão trabalhando segundo a associação. A partir do dia 25, eles
voltam em 100% "em estado de greve".
Segundo o diretor
sindical da Associação Nacional dos Médicos Peritos, Luiz Carlos de Deive de
Argolo, o retorno representa apenas uma mudança na forma de protesto
"diante da intransigência e insanidade do governo de deixar 2,1 milhões de
perícias sendo remarcadas".
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