ANASPS URGENTE 74
Brasilia, 29 de janeiro de 2015
ANASPS AFIRMA QUE GOVERNO USOU DE MÁ FÉ NA
NEGOCIAÇÃO COM 1,1 MILHÃO DE SERVIDORES
DO “CARREIRÃO” INCLUSIVE E QUE FOI GENEROSO COM OS SERVIDORES DA CARREIRA
TÍPICA DE ESTADO E COM MILITARES
o governo usou de má fé nas
negociações de aumento com os servidores do chamado “carreirão”, que compreende
1,1 milhão de servidores,90% do total,
inclusive do INSS, pois apresentou uma proposta de aumento salarial para
os próximos quatro anos de 21,3% enquanto no apagar das luzes de 2015 fechou
acordo com categorias das chamadas carreiras de estado com 27,9% para os próximos quatro anos. A
declaração é do vice presidente Executivo da Associaçao Nacional dos Servidores
da Previdência e da Seguridade Social, ANASPS.
Em 25.02.1015, abrimos a campanha salarial do INSS para
2016, com 32 entidades do Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores
Públicos, sob o guarda chuva da CNTSS, , antes mesmo da greve, nossa proposta era de um reajuste linear de 27,3%,
tendo como ponto de partida o
(Indice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-IPCA) de agosto de 2010 a
junho de 2016 que gira em torno de 44% , já descontados os 15,8% concedidos
pelo governo em três parcelas (2013,2014 e 2015).
Os servidores levaram em conta que entre 2010
e 2012 o governo não concedeu reajustes.
Somente em agosto de 2012 foi
conquistado o reajuste de 15,8% considerados e descontados no cálculo. Foram incluídos percentuais levantados pelo
Departamento Intersindical de
Estatísticas e Estudos Socioeconômicos- DIEESE que consideraram a previsão de
inflação para este ano (1915) de (6,6%)
– na realidade, deu mais, 10,67%% (IBGE)
- e para o primeiro semestre de 2016 (2,8%)
- vai dar muito mais – acrescidos de um pedido de ganho real de 2015.
Em 20.03.2015, o ministro do
Planejamento, Nelson Barbosa, explicou a 41 entidades e oito centrais a
estratégia do governo . O percentual de reajuste estaria condicionado ao espaço
fiscal e o gasto com a folha de pagamentos do funcionalismo deveria permanece
estável em proporção ao PIB.
Em 25.06.2016, o secretário de Gestão
de Pessoas e de Relações de Trabalho do
Ministério do Planejamento, Sergio Mendonça, propôs o índice de 21,3% dividido
em parcelas de 5,5% em 2016 e 5,% em 2017, com o argumento que o gasto da folha
de pessoal permaneceria estável em 4,1% do PIB até 2019,
Em 07.07.2016, o secretário Sergio
Mendonça, manteve a proposta do dia
25.06. No seu discurso assinalou (sic) que
a proposta “permitirá ganho real dos salários do funcionalismo e será
uma referência importante nos próximos anos para as demais negociações do
mercado de trabalho público e privado” (sic, de novo)
Os servidores se manifestaram em contrário a proposta apresentada.
Em 12.08.2015, o governo anunciou
acordo com os servidores do Judiciário,
com aumento de 23,2% em oito parcelas semestrais, em quatro anos. O
aumento individual oscilará entre 16,5% e 41,47%. O custo será de R$ 5,99
bilhões.
Em 04.09.2015, o Secretário Sérgio
Mendonça “negociou com parte as
entidades dos servidores públicos a redução de quatro para dois anos do prazo
de vigência do acordo salarial de 10,8, nos seguintes percentuais: 5,5% em 2016
e 5% em 2017.
Em 15.09.2015, “no rastro de ódio aos servidores, e no
meio da crise fiscal que abalou o país, o governo federal decidiu que o aumento de 10,08% não seria mais pago a partir de
janeiro de 2016 mas só em agosto.
Como ficará o passivo de jan a jun de 2016, não se tem
ainda uma idéia.
De qualquer forma é um passivo.
Na mesma data , o governo decidiu acabar com o Abono
de Permanência em Serviço , admitindo
que 101 mil servidores estão recebendo e havia expectativa de outros 123 mil
entrar nos próximos cinco anos.
Só no INSS são 10 mil. Passariam a 15 mil em inco
anos.
Em 29.09.2015, foi assinado o acordo com os servidores
do INSS para aumento Em 07.10.2016, o
governo assinou acordos salariais com 750 mil servidores, 61% do universo de
1.227 milhão de fuincionários do Executivo
entre ativos, aposentados e instituidores de pensão. “Além do índice de
10,8% em dois anos, funcionários tiveram importantes conquistas econômicas par
o futuro” (sic) disse Sérgio Mendonça.
Os acordos foram firmados com vigência de dois anos, e
não pelos quatro anos da proposta
original, que continua colocada como possibilidade para todas
as categorias que ainda não assinaram.
Assim, em vez do índice de 21,3% dividido em quatro
parcelas anuais – com base na projeção da inflação futura –, os servidores
representados pelas entidades que firmaram compromisso terão 5,5% em agosto de
2016 e 5% em janeiro de 2017.
Como a segunda parcela incidirá sobre o salário já
corrigido, o reajuste acumulado nas tabelas de remuneração será de 10,8%.
Em 07.10.2015. o governo anunciou
assinatura de acordo com 750 mil servidores do carreirão, 61% do universo de
1,22 mlihão, com 10,08%.
Em 18.12.2015, O Secretário Sérgio Mendonça , apresentou proposta
diferenciada às carreiras de Estado, que tem remuneração recebida por
subsídios. Além do reajuste dos benefícios e outras vantagens pontuais
contempla a incorporação do índice de 27,8% em quatro anos: 5,5% em 2016, 6,99%
em 2017, 6,65% em 2018 e 6,31% em 2018. Carreiras contempladas: Analistas e
Técnicos de Finanças e Controle (CGU , STN, SUSEP,CVM , do Ciclo de Gestão (?)
e BACEN, IBGE, PREVIC e carreira administrativa da Polícia Federal).).
Ficaram de fora Policia Federal,
Polícia Rodoviária Federal, DNIT, Médicos Peritos do INSS, Analistas de
Infraestrutura, Analistas de Políticas Sociais, Peritos Federais Agrários e
Diplomatas.
Em 30.12.2015. o governo anuncia
acordo com 1,1 milhao de servidores, 90% dos 1,227 milhão de servidores civis.
“Os números são bem diferentes e não
se justifica que haja dois tipos de negociação, uma para servidores de primeira
classe e outra para servidores de segunda classe, protestou o , Nos do INSS não aceitamos os 21,3% porque nos
colocaria numa situação difícil.
Chegamos a aceitar uma proposta do Ministério do Planejamento de instituição de
um gatilho, caso a inflação fosse superior ao índice de aumento, mas o Ministério
recolheu sua proposta,”, disse Paulo Cesar
Paulo César revelou que a ANASPS não está satisfeita com o rumo da
negociação. “Acredito que muitas lideranças comeram gato por lebre, Vamos
aguardar os reajustes das carreiras remanescentes, que estão fora de todos os
acordos, para verificar o que faremos”.
‘Sabemos que a situação é econômica e
financeira do país é delicada, mas não tão delicada que não impediu o
crescimento desmedido das verbas do fundo partidário que passaram de R$ 313,3 milhões na proposta
orçamentária para R$ 819,1 milhões, três
vezes mais, além do que o prometido
enxugamento da máquina ficou no papel. Não se mexeu na redução das funções
gratificadas e dos cargos em comissão , não se reduziram os terceirizados e os
temporários ao invés de se zerar foram aumentados. Só no Ministério da Saude,
entraram mais 2.493 temporários só no
Rio de Janeiro. Faltam seriedade e
respeito”
“O governo tem o dever de lealdade
com os seus servidores”, enfatizou.
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