quarta-feira, 17 de junho de 2015

GESTÃO: Governo apresenta às Centrais Sindicais cenários da Previdência Social para as próximas décadas. Ministro Carlos Gabas observa que, da maneira como foi aprovada, fórmula 85/95 pode inviabilizar sustentabilidade do sistema
– Governo e sindicalistas se reuniram nesta segunda-feira (15) em torno de estatísticas e análises que compõem o cenário da Previdência Social para as próximas décadas com base nas alterações da estrutura demográfica brasileira. Os dados apresentados às Centrais Sindicais subsidiarão a decisão que o governo terá de tomar a respeito da emenda aprovada pelo Congresso Nacional, na MP 664, que altera as regras para aposentadoria por tempo de contribuição – a chamada fórmula 85/95.
Durante a apresentação, o ministro da Previdência Social, Carlos Eduardo Gabas, mostrou a dificuldade que o país enfrentará em alguns anos com a transição demográfica que ocorre em todo o mundo. Os dados mostram que a expectativa de vida ao nascer tem aumentado a cada ano e a taxa de natalidade, diminuído. Na década de 80, por exemplo, a expectativa de vida era de 65,2 anos. Em 2030, será de 78,6 anos. A consequência disso, de acordo com Gabas, será a redução do número de trabalhadores ativos, que contribuem com o sistema previdenciário, para o número de idosos aposentados. Segundo o ministro, no ano 2000, eram 11,5 trabalhadores ativos para cada idoso. Em 2030, a projeção é de que sejam 5,1 e, em 2060, apenas 2,3 ativos por idoso.
Outro aspecto abordado pelo ministro foi a idade média de aposentadoria que entre os brasileiros é muito baixa se comparada aos demais países. Em 2014, a idade média de aposentadoria das mulheres foi 52 anos e a dos homens, 55 anos. Segundo Gabas, 83% das aposentadorias por tempo de contribuição são concedidas entre 55 e 59 anos. “O nosso é um dos raros países que possui aposentadoria por tempo de contribuição sem exigência de idade mínima”, enfatizou. Além do Brasil, apenas Irã, Iraque e Equador têm o mesmo benefício nesses moldes.
Sobre a emenda aprovada pelo Congresso Nacional, o ministro observou que a fórmula 85/95 fixa, sem acompanhar o aumento da expectativa de vida da população, “inviabilizará nosso regime de repartição, solidário, que é o mais vantajoso em todo o mundo”. Gabas defendeu que o tema seja discutido com mais profundidade no Fórum de Debates sobre Políticas de Emprego, Trabalho e Renda e Previdência Social. “Nós acreditamos que é preciso debater o futuro da Previdência com os aposentados, empregadores e trabalhadores para chegarmos a uma regra definitiva capaz de manter os direitos e a sustentabilidade do regime”, afirmou.
Também participaram da reunião no Palácio do Planalto, os ministros Miguel Rossetto (Secretaria-Geral), que coordena o Fórum de Debates; Nelson Barbosa (Planejamento) e Ricardo Berzoini (Comunicações), ex-ministro da Previdência Social no governo Lula. Os trabalhadores foram representados pela CUT, Força Sindical, CTB, NCST, UGT e CSB, além da Contag

INFORME: Estudo mostra que proteção social chega a quase 70% dos trabalhadores negros ocupados Entre os idosos, percentual de protegidos passa de 80%, segundo análise do MPS com base em micro dados da PNAD
Mais de 30,3 milhões dos trabalhadores brasileiros negros ocupados – com idades entre 16 e 59 anos – contam com proteção social segundo estudo do Ministério da Previdência Social (MPS), com base em micro dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (Pnad) de 2013. O contingente desses trabalhadores protegidos (67,8%) representa quase metade do total de pessoas ocupadas no País.
De acordo com Edvaldo Barbosa e Carolina dos Santos – ambos servidores do MPS, autores da análise sobre a participação do negro no mercado de trabalho nos anos 1993, 2003 e 2013 – entre os idosos negros com idade acima de 60 anos, a proteção social chegou a 80,1%, em 2013 – 9,4 milhões de pessoas. Considerando-se apenas a condição de contribuinte à previdência do idoso negro, ou seja, sem aposentadoria ou pensão, o número de filiados a um regime de previdência aumentou 154,8% em uma década – passando de 260,5 mil pessoas, em 2003, para 663,9 mil, em 2013.
Leia mais...

Depósito antecipado de caução é obrigatório para participar do certame
O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) irá vender dois imóveis em Vacaria, no Rio Grande do Sul. A sessão pública do leilão está marcada para as 10h do dia 1º de julho, quarta-feira, na Rua Marechal Floriano, n º 250, primeiro andar, no Centro de Vacaria.
O recolhimento da caução (de 5% do valor mínimo do imóvel) deve ser feito na Caixa Econômica Federal até o dia 30 de junho. Pagar a caução  é condição obrigatória para participar do certame.
Serão leiloados dois terrenos (de 720 e de 766 m²) localizados na Rua Antônio Ribeiro, no bairro Vila Branca II. Os imóveis foram avaliados entre 207 mil e 213 mil reais.
Endereço 1: Rua Antônio Ribeiro Branco, lote 13-Vila Branco II-Vacaria-RS
Área em (m2) – Total: 766,04
Tipo de Ocupação: Terreno vago
Preço mínimo à vista: R$ 213.000,00
Valor da Caução em R$: 10.650,00
 Endereço 2: Rua Antônio Ribeiro Branco, lote 14-Vila Branco II-Vacaria-RS
Área em (m2) – Total: 720,80
Tipo de Ocupação: Terreno vago
Preço mínimo à vista: R$ 207.000,00
Valor da Caução em R$: 10.350,00


NOTÍCIAS DE INTERESSE DOS SERVIDORES

AGU confirma que servidor deve estar exposto a risco contínuo para se aposentar antes
Publicado : 12/06/2015 - Atualizado às : 12:38:50
O servidor público deve estar comprovadamente exposto a perigos de maneira permanente no exercício de suas atividades para obter o direito de se aposentar mais cedo. A tese apresentada pela Advocacia-Geral da União (AGU) foi acolhida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) nesta quinta-feira (11/06), durante julgamento de duas ações ajuizadas por sindicatos de funcionários públicos com o objetivo de obrigar a União a conceder aposentadoria especial para determinadas categorias.
Os autores dos processos, entidades representativas de carreiras como as de oficiais de Justiça e agentes de segurança do Judiciário e do Ministério Público, pleiteavam o reconhecimento de que a União teria sido omissa ao não regulamentar a aposentadoria especial dos servidores que exercem atividade de risco, conforme determinou o artigo 40 da Constituição Federal.
Contudo, a AGU lembrou que o poder Executivo apresentou há cinco anos uma proposta, o Projeto de Lei Complementar nº 554/2010, concedendo aposentadoria especial a servidores expostos a alguma espécie de risco contínuo, de maneira que não haveria como falar em omissão da União no tema.
Leia mais ....
Gex/ANASPS
Ano XIV, Edição 687

Brasília 17 de Junho de 2015

Nenhum comentário:

Postar um comentário