terça-feira, 8 de março de 2016

Geap enfrenta dez batalhas na Justiça contra reajuste de planos de saúde

ANASPS URGENTE 78



Brasília, 08 de março de 2016

Geap enfrenta dez batalhas na Justiça contra reajuste de planos de saúde

EXTRA ONLINE – RJ    , 08.03.2016  (Blog do Servidor Público )
O aumento de 37,55% nos planos de saúde administrados pela Geap, responsável pelos convênios dos servidores públicos da União, é assunto em dez ações distintas na Justiça.
De acordo com a Geap, seis foram acatadas e tiveram o aumento revisto. No caso da Associação Nacional dos Servidores da Previdência eSeguridade Social (Anasps), por exemplo, o índice de aumento foi adequado à inflação, sendo fixado em 20%.
Já a liminar obtida pelo Sindicato Nacional dos Servidores do Plano Especial de Cargos da Polícia Federal (SINPECPF) cancelou a correção. A Geap não informou quantos servidores foram favorecidos pelas liminares

Justiça barra reajuste de 37% da Geap

JORNAL DO COMMERCIO – PE, 08.03.2016      
A Justiça Federal em Brasília suspendeu o reajuste de 37,55% na mensalidade do Geap Saúde - plano de saúde de servidores federais ativos, aposentados e seus dependentes - acatando recurso da Associação Nacional dos Servidores da Previdência e Seguridade Social (Anasps).
O aumento vai ficar suspenso até que o Judiciário volte a se pronunciar sobre o recurso.
Considerado abusivo, o reajuste atingiria 613.493 beneficiários do Geap.
O juiz Bruno Anderson Santos entende que o aumento da mensalidade deve observar o princípio da boa-fé objetiva, sob pena de inviabilizar a permanência de inúmeros segurados no plano. Nesta etapa, a decisão só contempla os servidores da Previdência que são associados da Anasps.
"A importância dessa decisão se deve ao fato de consertar, ainda que em caráter provisório, a injusta medida de transferir para os servidores todo o ônus do custeio da Geap, quando tal aumento deveria ser suportado pelo governo Federal", diz o presidente da Anasps, Alexandre Barreto Lisboa.
Os servidores reclamam que estão com salários defasados desde 2011, recebendo apenas a reposição da inflação. Para 2016, o reajuste será de 5%, abaixo da inflação.

Nova ação contra a Geap é aceita, e aumento de planos de saúde para servidores é suspenso

O GLOBO – ONLINE / EXTRA ONLINE, 03.03.2016

 

O Sindicato Nacional dos Servidores do Plano Especial de Cargos da Polícia Federal (SINPECPF) conseguiu, ontem, uma tutela antecipada para a suspensão do aumento de 37,55% nos valores dos planos de saúde ofertados pela Geap aos servidores federais.
A nova decisão - que beneficia apenas os filiados ao sindicato - é semelhante à que beneficiou a Associação Nacional dos Servidores da Previdência e da Seguridade Social (Anasps)



Geap não vai quebrar, diz diretor da entidade
Publicou Vera Batista no  CORREIO BRAZILIENSE – DF, de 06.03.2016       

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Associação de servidores questiona rombo de R$ 240 milhões nas contas da operadora. Apesar dos problemas, dirigente afirma que receitas estão cr escendo

Opinião da ANASPS
Nós, da ANASPS, não queremos que a GEAP quebre.
Não queremos o fim da GEAP.
Queremos a GEAP livre de uma gestão  que sofreu duas intervenções da ANS.
O eufemismo da “direção fiscal”  esconde o temor do órgão regulador, no caso a ANS, de que alguma coisa está errada.
Os números do diretor executivo da GEAP  não se apoiam nos balanços. São chutes no desespero de quem foi flagrado dirigindo mal a GEAP.
A mudez da ANS e de seu preposto as preocupações das entidades de servidores, que embacaram em nossa canoa, contra o aumento de 37,55%.
O sr.  Luis Carlos Saraiva Neves tem uma oportunidade de ouro de pedir o boné e ir embora para que pela undécima vez a GEAP seja saneada.
Ele e sua equipe falharam na GEAP Autogestão em Saúde.
Ele pediu 37,55%.
A justiça acenou no máximo com 20%.
O govero lavou as mãos.
Dinheiro na mão desta gente, em ano eleitoral, é um risco .
Além do mais os servidores – são 600 mil vidas, incluindo servidores e agregados , um pouco mais de 150 mil titulares – não tiveram aumento este ano. Terão em agosto e apenas 5%;

A Geap Autogestão em Saúde, principal operadora de planos de saúde dos servidores públicos federais, foi alvo, em 2011, de intervenção fiscal da Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) e da Agência Nacional de Saúde (ANS), que apontaram "anormalidades econômico-financeiras e administrativas graves que colocavam em risco o atendimento à saúde". Também foi fiscalizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU), além de sofrer acusações de uso político, que quase a levaram à bancarrota.
"A Geap não vai quebrar, não tem rombo e o atendimento não está ameaçado. Pelo contrário, o faturamento cresce a cada dia e a procura de novos credenciados, também", garante Luís Carlos Saraiva Neves, diretor-executivo da entidade. Segundo ele, a arrecadação anual, que em 2011 foi de R$ 1,6 bilhão, chegou a R$ 3 bilhões em 2015.
Apesar disso, a polêmica não para. Paulo César Regis de Souza, presidente da Associação Nacional dos Servidores da Previdência Social (Anasps), questiona por que, com tanto dinheiro, a Geap "não tem um hospital próprio, uma emergência, um ambulatório, um laboratório de análise, um tomógrafo, uma ressonância, uma ambulância ou uma UTI móvel e usa, muitas vezes, a mesma rede de serviços dos planos privados". E ainda acumula um rombo em torno de R$ 240 milhões. "Não há rombo. Esses recursos fazem parte de uma reserva técnica exigida pela ANS", rebate Saraiva Neves. "Mas esse sistema, de forma alguma, ameaça o atendimento."
No início deste ano, a discussão esquentou, depois que a Geap estabeleceu um aumento de 37,55% nas mensalidades. Várias entidades, encabeçadas pela Anasps, entraram na Justiça exigindo que o reajuste fosse extinto. A maioria não conseguiu o acatamento total do pedido. Mas os juízes que analisaram as ações reduziram o percentual para 20% - corresponde à inflação dos itens e dos serviços médicos.
De acordo com o diretor-executivo da Geap, o aumento se justifica porque, em vários anos anteriores, por diferentes razões, não houve reajuste, embora as despesas tenham aumentado. Neves diz que a contribuição mensal dos servidores é muito baixa. Chega a ser de 40% a 80% inferior ao que cobram os planos privados. "Na maioria das vezes, esse aumento, em valores absolutos, significa que o associado, ao final, vai desembolsar R$ 20 ou R$ 40 a mais."
A Geap tem 70 anos de atuação no Brasil. É uma das mais antigas do país e com o maior número de idosos: da carteira de cerca de 600 mil pessoas, mais de 280 mil têm acima de 59 anos e quase 70 mil, mais de 80. A entidade tem convênios com 130 órgãos governamentais (ministérios, autarquias, universidades, fundações, centros de pesquisa, entre outros). São mais de 18 mil prestadores contratados, entre clínicas, hospitais, laboratórios, dentistas e médicos.
Embates
Apesar dos embates, entidades representativas dos servidores públicos federais e o diretor têm uma avaliação comum: as reservas exigidas pela ANS (de aproximadamente R$ 1 bilhão) são a principal causa das dificuldades da operadora. Na última terça-feira, vários sindicatos e associações nacionais se encontraram com o presidente da ANS, José Carlos Abrahão, para argumentar que as obrigações estabelecidas pela agência comprometem severamente os planos de saúde sem fins lucrativos, especialmente a constituição de reservas financeiras mensais, calculadas de acordo com o fluxo de guias faturadas referentes aos serviços prestados aos assistidos.
Os sindicalistas alegam que a Geap não tem condições de arcar com esse aporte financeiro forçado. Além disso, a aplicação de multas, caso as metas não sejam atingidas, oneram ainda mais o caixa da operadora, que não tem os mesmos recursos que um plano de mercado.
Nos cálculos da Anfip, a conta das obrigações financeiras impostas pela ANS acaba caindo no bolso dos servidores, por meio do reajuste de 37,55%. "As regras tratam da mesma forma planos de saúde comerciais e aqueles que são custeados pelos trabalhadores (planos de autogestão)", destaca a entidade.
As entidades reclamam ainda que o governo federal tem uma dívida de R$ 1 bilhão com a Geap. O crédito é antigo, da década de 1990, segundo a Anfip. À época, o governo fez uma cobrança trabalhista indevida. A operadora entrou na Justiça e ganhou a causa, mas até agora não conseguiu a restituição. "Esse crédito deveria, por questão de justiça social, ser utilizado para suprir reserva técnica e abater as multas impostas pela ANS, que punem os servidores", segundo as entidades. O presidente da ANS garantiu que as reivindicações serão estudadas.

Radiografia
Com 70 anos de atuação no país, a principal operadora no atendimento de servidores públicos federais sofre com o número crescente de idosos
Carteira
» Cerca de 600 mil pessoas têm planos de saúde da Geap. São mais de 280 mil beneficiários acima de 59 anos e quase 70 mil assistidos com mais de 80 anos.
Centenários
» A Geap cuida da saúde de 500 pessoas com 100 anos ou mais. Esses beneficiários são acompanhados de perto pelos programas de atenção domiciliar da operadora.
Convênios
» O plano atende funcionários de 130 órgãos governamentais (ministérios, autarquias, universidades, fundações, centros de pesquisa, entre outros).
Abrangência nacional
» A rede credenciada está presente em todos os estados e no DF. São mais de 18 mil prestadores de serviços, entre clínicas, hospitais, laboratórios, odontólogos e médicos de várias especialidades.
Atendimentos
» Em torno de 14 milhões de exames, 3 milhões de consultas, 285 mil consultas odontológicas, 97 mil internações e 5 mil partos.
Atenção domiciliar
» Cinco mil pessoas são acompanhadas regularmente em suas residências por uma equipe multidisciplinar, recebendo cuidados de baixa e média complexidades.
Fluxo de caixa
Segundo a Geap, não há rombo em suas contas.
A arrecadação cresce a cada ano
Ano    Faturamento anual    Variação (em R$ bilhões) (em %)
2011    1,610    -
2012    1,829    13,6
2013    2,428    32,7
2014    2,740    12,9
2015    3,036    10,8
Custeio da União (em R$)
Veja quanto o governo contribui por servidor de acordo com o salário. As faixas de idade vão de zero a 59 anos
Renda (em R$) Ajuda de custo (R$)
Até 1.499    149,52 a 205,63
De 1.500 a 1.999    142,47 a 196,06
De 2.000 a 2.499    135,42 a 186,50
De 2.500 a 2.999    129,78 a 176,94
De 3.000 a 3.999    122,71 a 168,97
De 4.000 a 5.499    111,43 a 137,09
De 5.500 a 7,499    107,20 a 130,71
7.500 ou mais    101,56 a 124,33
Fonte: Ministério do Planejamento




PREVIDÊNCIA SOCIAL, 93 ANOS; ANASPS, 23 ANOS.
PREVIDÊNCIA SOCIAL PÚBLICA  PATRIMÔNIO DOS BRASILEIROS

Um comentário:

  1. Dez ações contra o aumento da mensalidade da Geap; e quem é autopatrocinada e sem sindicato?

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