quarta-feira, 12 de novembro de 2014

JARBAS SIMAS, PRESIDENTE DA ASSOCIAÇÃO NACIONAL DOS MÉDICOS PERITOS DA PREVIDÊNCIA SOCIAL, ANPM, EM ENTREVISTAS CONCEDIDAS AO JORNAL DA SEGURIDADE SOCIAL E Á TV ANASPS REAFIRMOU A DISPOSIÇÃO DE ENFRENTAR A TERCEIRIZAÇÃO E A PRECARIZAÇÃO DA PERÍCIA MÉDICA DO INSS.


Vejam os principais pontos das entrevistas:

+ . “A lei reserva a exclusividade da Perícia Médica ao médico perito, e isto tem que ser respeitado, a todo custo”.
+ No INSS, há mais de 5.000 médicos peritos entre ativos e aposentados. São 4.604 ativos. Desde 2010, cerca de 2.250 deixaram o INSS, por aposentadoria ou desistência.  Há porém uma vacância de mais de 2.000 cargos em aberto.
+A Perícia Médica não está presente em todas 1.500 APS do INSS, estando presente em todas as 110- Gerências Executivas nas capitais e cidades polo. O próprio Ministro confessou ao MPF que a Perícia está fora de 400 agências.

+ O fato é que demanda por benefícios por incapacidade é crescente e duplicou nos últimos 10 anos enquanto o número perito foi reduzido.

+ A terceirização é um problema grave. Até agora nem o Ministério nem o INSS mostrou à ANPM quais os municípios com TMEA acima ade 45 dias que levaram o MPF a “cobrar” a terceirização. O MPS e o INSS fizeram uma opção política e não técnica. Se há dinheiro para a terceirização, deveria ter dinheiro para contratação de médicos peritos.

+ Para enfrentar a tentativa de terceirização, ANMP e a ANASPS entraram com ação judicial para obter tutela antecipada e mandado de segurança. Solicitamos ao deputado Arnaldo Faria de Sá que apresentou na Câmara projeto de Decreto Legislativo sustando os efeitos da Resolução 430/2014 do INSS.
+ Há propostas no INSS, para mudar a Perícia Medica. Uma delas precariza o atendimento, pois ao invés da avaliação médico pericial da incapacidade laborativa do segurado, aceita o atestado do médico assistente (isto é do médico particular do segurado). A outra pretende estender de 15 para 60 dias o prazo de aceitação do atestado do médico assistente.

+ A Pericia Médica exige respeito, remuneração, condições adequadas e segurança. No Brasil, no INSS, dois peritos morreram, em Governador Valadares e Patrocínio/MG, no exercício de sua missão.  A todo momento estamos sendo agredidos. As agressões aos peritos tornaram-se frequentes. Além do que as condições de trabalho, na maioria das unidades, são péssimas.

+ A ANMP protocolou denuncia junto ao CRM SP que já   instaurou mais de 200 sindicâncias para apurar condições de trabalho e segurança na APS de São Paulo, iniciando pelas de Santo Amaro, Brás, Vila Prudente.  O objetivo é melhoria do atendimento para o segurado, o servidor administrativo e o perito.

Os interessados na entrevista ao Jornal da Seguridade Social devem solicitar exemplar a ANASPS pelo e-mail:

Veja mais na TV ANASPS que publicará a entrevista em dois tempos. O 1° já está no ar.

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