sexta-feira, 15 de janeiro de 2016

Comissão de Direitos Humanos do Senado debaterá greve dos peritos do INSS

Comissão de Direitos Humanos do Senado debaterá greve dos peritos do INSS

Agência Senado. Da Redação | 07/01/2016, 10h24 – ATUALIZADO EM 07/01/2016, 12h58
O presidente da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa ( CDH) do Senado Federal, Paulo Paim (PT-RS), convocou audiência pública para o dia 3 de fevereiro, às 9h, para tratar da greve dos médicos peritos do INSS. Foram convidados os ministros Miguel Rosseto, do Trabalho e Previdência, e Valdir Simão, do Planejamento; o presidente da Associação Nacional dos Médicos Peritos da Previdência Social, Francisco Eduardo Cardoso Alves; e representantes de centrais sindicais e sindicatos de trabalhadores.
A greve teve início em setembro do ano passado. Até o momento cerca de 1,2 milhão de perícias foram adiadas, segundo a associação. Os peritos reivindicam o fim da terceirização, a redução da carga horária para 30 horas semanais e a reestruturação de carreira.
O senador Paulo Paim avalia a situação como gravíssima.
— O país está um barril de pólvora. Quem mais sofre são os trabalhadores que não recebem os valores a que têm direito porque a Previdência não paga o benefício, alegando que eles têm que voltar ao trabalho. Por outro lado, as empresas não pagam, pois não aceitam que os trabalhadores retornem ao trabalho, sem a alta da perícia — diz ele.
Paim ressalta que os trabalhadores não têm a quem recorrer, o que leva muitos ao desespero:
— Temos que sair desse impasse! É preciso construir um acordo entre o governo federal e os médicos peritos. Não adianta enterrar a cabeça na areia, como faz a avestruz para não ver a tempestade passar.

Barbosa reúne-se com Lewandowski para retomar trabalhos de cooperação entre Executivo e Judiciário na execução fiscal. Esta foi a primeira reunião de trabalho realizada neste ano; ações visam tornar mais eficiente a cobrança da dívida ativa e desburocratizar processos ao contribuinte

Publicado pelo MInistério da Fazenda 06/01/2016 18h59 última modificação: 06/01/2016 19h22
Jane de Araújo/Agência Senado
http://fazenda.gov.br/noticias/2016/janeiro/barbosa-reune-se-com-lewandowski-para-retomar-trabalhos-de-cooperacao-entre-executivo-e-judiciario-na-execucao-fiscal/barbosa_col_25082015_166.png/@@images/8c8fb6eb-d9bd-4942-b710-079ee397ae54.png



O ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, reuniu-se nesta quarta-feira (06/01) com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, para retomar os trabalhos de colaboração entre o Executivo e Judiciário na área fazendária. Essa reunião dá prosseguimento a uma série de ações iniciadas no ano passado com o intuito de “melhorar a execução fiscal, agilizar, desburocratizar para o contribuinte e também para possibilitar uma arrecadação maior e mais eficiente da dívida ativa.”.
No início de dezembro de 2015, os ministros Nelson Barbosa, então à frente do Planejamento, e Joaquim Levy, à época no comando da Fazenda, já haviam discutido com o presidente do STF medidas para acelerar os processos de execução fiscal com o objetivo de aumentar a arrecadação de tributos que estão em disputa na Justiça. Esse trabalho, destacou Barbosa, envolve, além da Fazenda, a Advocacia-Geral da União.
NE : A Previdencia Social tem R$ 300 bilhçoes para receber na dívida ativa.

 

Última modificação: 11/01/2016 12:03
Da Redação (Brasília) – A partir de 1º de janeiro de 2016, os segurados da Previdência Social que recebem acima do salário mínimo terão o benefício reajustado em 11,28%. O índice foi divulgado em portaria conjunta dos ministérios da Previdência Social e da Fazenda, publicada nesta segunda-feira (11) no Diário Oficial da União (DOU).
A portaria também estabeleceu as novas alíquotas de contribuição do INSS dos trabalhadores empregados, domésticos e trabalhadores avulsos (veja tabela). As alíquotas são de 8% para aqueles que ganham até R$ 1.556,94; de 9% para quem ganha entre R$ 1.556,95 e R$ 2.594,92, e de 11% para os que ganham entre R$ 2.594,93 e R$ 5.189,82. Essas alíquotas – relativas aos salários pagos em janeiro – deverão ser recolhidas apenas em fevereiro.
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Reajuste de 11,28% a aposentado

Correio Braziliense, 12.01.2016
Os cerca de 10 milhões aposentados e pensionistas do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS) que recebem benefícios acima de um salário mínimo — reajustado para R$ 880 — terão aumento de 11,28%, o que elevou o teto para R$ 5.189,82. O percentual equivale ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) de 2015, e ficou acima da inflação oficial medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), de 10,67%. O impacto nos gastos com aposentadorias para essa parcela de contribuintes foi calculado pelo Ministério do Trabalho e Previdência em R$ 21,5 bilhões este ano.
O gasto com o reajuste de quem ganha acima do salário mínimo para a Previdência Social será maior do que os R$ 19,6 bilhões de despesa a mais neste ano para dar o aumento de 11,68% para os mais de 22 milhões de segurados que ganham um salário mínimo por mês. Mensalmente, a pasta desembolsa R$ 35,7 bilhões em benefícios. Esses reajustes agravam a situação já deficitária da Previdência, cujo rombo gira em torno de R$ 82,6 bilhões por ano.
Para especialistas, o agravamento do rombo obrigará o governo a ser mais firme na tentativa de equilibrar as contas. Para equacionar as despesas, acreditam que a equipe econômica vai seguir apostando as fichas no retorno da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) que, segundo estimativas, renderia R$ 70 bilhões por ano aos cofres públicos.
Em um cenário de mais um ano de retração da economia, a expectativa é de que o setor produtivo continue reduzindo o quadro de funcionários e, em alguns casos, até fechando as portas. Com menos pessoas trabalhando e menos empresas abertas, a tendência é de que as receitas provenientes das contribuições com o INSS caiam, efeito que fatalmente elevará o deficit na Previdência.
O quadro recessivo do país, segundo o professor de adminstração pública da Universidade de Brasília (UnB), José Matias-Pereira, manterão aposentados e pensionistas sem motivos para comemorar. O presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical, Carlos Ortiz, defende a mudança na forma como são calculados os benefícios com valores acima do salário mínimo para compensar o que chama de “achatamento” das aposentadorias. “Os aposentados são obrigados a continuar trabalhando para complementar a renda”, afirma.
Pelos cálculos da Confederação Brasileira de Aposentados (Cobap), a diferença entre as correções de quem ganha o mínimo e os benefícios acima do piso já acumula, desde 1994, perda de mais de 80% para o segundo grupo. A distância ficou maior com a implementação da política de valorização do salário mínimo, a partir de janeiro de 2010, no segundo mandato de Luiz Inácio Lula da Silva.
Para Matias-Pereira, os números da Previdência são, efetivamente, muito preocupantes. Do ponto de vista de gestão, as perspectivas são as piores possíveis. “O deficit ficará acima dos R$ 110 bilhões. O Tesouro Nacional já está trabalhando no vermelho. E isso só tem um significado: será o contribuinte que vai ser chamado para pagar essa conta”, disse.  Ele considera urgente uma reforma estrutural na Previdência.

Nota da CUT sobre a Previdência. Central é contra mudanças que retirem direitos e diz que idade mínima é inadmissível
Publicou a CTNSS/CUT em 08/01/2016
A Central Única dos Trabalhadores afirma que o governo erra ao propor uma reforma na Previdência, porque esse não é o desejo da classe trabalhadora.
Pesquisa Vox Populi encomendada pela CUT no final do ano passado aponta que 88% dos entrevistados são contra mudanças na Previdência que possam penalizar o/a trabalhador/a. Apesar disso, fomos surpreendidos com declarações da presidenta Dilma Rousseff feitas à imprensa sobre a necessidade de mudanças, sinalizando, especialmente, que é preciso implantar a idade mínima para as aposentadorias.
Para nós, esta proposta é inaceitável porque prejudica quem ingressa cedo no mercado de trabalho, ou seja, a maioria dos trabalhadores brasileiros. Porém, mais uma vez o governo se equivoca ao anunciar mudanças que interferem no cotidiano da classe trabalhadora, sem dialogar e ouvir as propostas de quem a representa – caso da CUT e demais centrais sindicais. O que nos admira é que esse diálogo deveria se dar no Fórum de Debates sobre Políticas de Emprego, Trabalho e Renda e Previdência Social, espaço criado pela própria presidenta e coordenado pela Secretaria Geral da Presidência da República.
Para nós, esta postura do governo e da presidenta Dilma de não dialogar dificulta cada vez mais a relação com as centrais sindicais e com os movimentos sociais.
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Dilma dá aval à reforma da Previdência e contraria PT. Presidente promete 'encarar' mudança, admite erros e defende CPMF
por Catarina Alencastro / Washington Luiz
08/01/2016 6:00 / Atualizado 08/01/2016 6:12
BRASÍLIA — A presidente Dilma Rousseff disse que o governo fará grande esforço para que 2016 seja melhor do que 2015, ano em que a queda do PIB deverá se confirmar como a mais acentuada dos últimos 25 anos. Ela afirmou que é possível voltar a ter uma inflação dentro da meta até o fim do ano — ressaltando que o objetivo é levá-la ao limite de 6,5% — e avaliou que no ano passado as crises econômica e política se retroalimentaram.
Em uma entrevista de quase duas horas a jornalistas que cobrem o Palácio do Planalto, Dilma disse que o governo se desgastou muito lutando contra as pautas-bombas, que, segundo ela, consumiram R$ 100 bilhões, mas que este ano a situação é outra, de maior consciência sobre a crise econômica dentro do próprio Congresso.
Em um raro mea-culpa, admitiu que o maior erro do governo foi não ter percebido, ainda em 2014, o tamanho da desaceleração que ocorreria em 2015. Dilma repetiu seu ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, dizendo que não há “coelho na cartola” para a economia, mas prometeu “encarar” a reforma da Previdência e voltou a defender a aprovação da CPMF como fundamental, inclusive para que estados como o Rio de Janeiro consigam superar a crise na Saúde. Essas medidas, no entanto, sofrem resistências até na base do governo, seja por partidos de esquerda, caso da reforma da Previdência, ou por aliados que temem bancar novos impostos em ano eleitoral.
O que Dilma falou
REFORMA DA PREVIDÊNCIA
“Nós vamos encarar a reforma da Previdência sempre considerando que ela tem a ver com modificação. Primeiro: na idade, no comportamento etário da população brasileira. Nós estamos envelhecendo mais e morrendo menos. Nossa expectativa de vida nos últimos anos aumentou bastante. Não é possível que a idade média de aposentadoria no Brasil seja 55 anos. Os países desenvolvidos, emergentes, todos buscaram aumentar a idade de acesso à aposentadoria. E o outro caminho é o 85-95. Nos dois casos, uma coisa tem que ser considerada: não se pode mexer nos direitos adquiridos”.
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NOVOS GERENTES EXECUTIVOS DO INSS EM LONDRINA E MARINGÁ
O ministro do Trabalho e da Previdência Social assinou portarias, dispensando WILLIAN DOUGLAS DE CARVALHO,  da Função  de Gerente-Executivo do INSS de Londrina/PR, designando REINALDO SOARES DA SILVA, para substitui-lo e dispensando WELINGTON LUIZ DA ROSA, da Função  de Gerente-Executivo do INSS de Maringá/PR, designando  VALMIR DE SOUZA TOMAZ, para substitui-lo.

Governo Federal expulsa 541 servidores em 2015 por atividades contrárias à lei. Em quase 61,4% dos casos foi comprovada a prática de atos relacionados à corrupção. Nos últimos 12 anos, foram 5.659 punidos, entre estatutários, comissionados e aposentados
Publicado pela CGU: 08/01/2016 11h43 última modificação: 08/01/2016 11h43
O enfrentamento à impunidade no Poder Executivo Federal, uma das diretrizes prioritárias da Controladoria-Geral da União (CGU), resultou, em 2015, na aplicação de punições expulsivas a 541 agentes públicos por envolvimento em atividades contrárias à Lei nº 8.112/1990. Ao todo, foram registradas 447 demissões de servidores efetivos (número recorde no comparativo dos últimos cinco anos); 53 cassações de aposentadorias; e 41 destituições de ocupantes de cargos em comissão. Esses dados não incluem os empregados de empresas estatais, a exemplo da Caixa Econômica, dos Correios, da Petrobras, etc.
O principal fundamento das expulsões foi a comprovação da prática de atos relacionados à corrupção, com 332 das penalidades aplicadas ou 61,4% do total. Já o abandono de cargo, a inassiduidade ou a acumulação ilícita de cargos são fundamentos que vêm em seguida, com 138 dos casos. Também figuram entre as razões que mais afastaram servidores proceder de forma desidiosa e participação em gerência ou administração de sociedade privada.

Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário defende ajustes no custeio antes de reforma na previdência

07/01/2016 - 18:33:00
O ministro da Fazenda anunciou que o governo deve mandar para o Congresso, ainda no início deste ano, uma proposta de reforma da previdência social. Entre as possíveis alterações está a mudança da idade mínima para aposentadoria. Para o Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP), é preciso rever a receita ao invés de mexer novamente nas aposentadorias.
“O ano de 2015 foi marcado por mudanças significativas na previdência, inclusive em aposentadorias”, explica Jane Berwanger, presidente do IBDP. Segundo a advogada, sempre que se fala em reforma na previdência a polêmica gira em torno dos benefícios e não em relação ao custeio, prejudicando sempre os cidadãos que dependem do regime geral da previdência para sobreviver.
No Brasil, diferente dos outros países, foi criado o fator previdenciário como compensação por não se ter uma idade mínima para aposentadoria e no ano passado foi instituída a fórmula 85/95, que vai variar progressivamente até chegar a 90/100 para a aposentadoria com valor integral. “Seria injusto com as pessoas que já estão se planejando com as novas regras, mudar novamente”, afirma a advogada.
O instituto acredita que o grande problema está na forma como a arrecadação é feita e lembra da desoneração da folha de pagamento de diversas atividades econômicas, onde o governo tirou de sua fonte de custeio uma contribuição segura sobre a folha de pagamento e trocou pela contribuição sobre o faturamento. Hoje esse valor vai direto para o caixa da União, e não é repassado integralmente para os cofres da previdência. Outra questão são as isenções e desonerações. Um levantamento prévio mostra que a renúncia a isenções para entidades filantrópicas pode chegar a R$ 10 bilhões.
Estudos levantados por especialistas comprovam que se todo o dinheiro da previdência fosse direcionado para este fim, as contas de 2014 fechariam com um superávit de R$ 54 bilhões. “Antes de falar em uma nova reforma é preciso rever estas questões”, conclui Berwanger.
OPINIÃO DA ANASPS
Pela primeira vez, o IBDP , uma entidade de peso, sai em defesa de uma das teses da ANASPS sobre a reforma da previdência. Ao ao inves de se mexer em beneficios que se mexa no financiamento  Parabens ao IBDP e à sua ilustre presidente, Jane Berwanger.

Governo pagará superlote de atrasados do INSS no dia 20
07/01/2016 - 12:00:00
O segurado que acionou a Justiça contra o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para cobrar benefícios atrasados e ganhou o direito de receber em novembro e dezembro já pode começar a comemorar. O Tribunal Regional Federal da 3ª região (TRF 3) confirmou que o dinheiro será liberado a partir do próximo dia 20.
O superlote de pagamentos do INSS atenderá a cerca de 40 mil pessoas que venceram disputas judiciais contra o INSS e têm direito de receber as Requisições de Pequeno Valor (RPVs), cujo limite é de 60 salários-mínimos.
Como o dinheiro refere-se a ações julgadas nos últimos dois meses de 2015, leva-se em conta na hora do cálculo o salário mínimo do ano passado: R$ 788,00. Assim, os 40 mil beneficiados nos estados de São Paulo e Mato Grosso do Sul poderão receber até R$ 47.280,00.
O dinheiro dos beneficiários que ganharam ações contra o INSS em novembro já deveria ter saído em dezembro, mas os recursos não foram liberados pelo Conselho da Justiça Federal (CJF) no mês passado, o que provocou a criação do superlote de atrasados.
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STJ volta a analisar se INSS pode ser ressarcido por pensão paga a filhos de mulher morta por ex-marido
Publicou o STJ: 08/01/2016 - 13h49
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) deverá concluir neste ano o julgamento da ação que possibilita ao INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) cobrar de um homem que matou sua ex-mulher o valor da pensão previdenciária paga aos filhos do casal. A decisão foi adiada pela Segunda Turma para apreciação da ministra Assusete Magalhães e da desembargadora convocada Diva Malerbi.  
Na ação regressiva (Resp 1431150), a autarquia pede o ressarcimento do valor previdenciário pago aos dependentes da mulher, assassinada pelo ex-marido em 2009. O crime ocorreu em Teutônia, interior do Rio Grande do Sul.
No juízo de primeira instância, o homem foi condenado a pagar 20% de todos os valores pagos pelo INSS relativos à pensão. Já o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4) determinou que ele pagasse integralmente os valores gastos com a pensão.
A defesa do agressor alega que a ação regressiva só pode ser aceita nas hipóteses de “negligência quanto às normas padrão de segurança e higiene do trabalho” e que não se aplica a casos de homicídio ou quaisquer outros eventos não vinculados a relações de trabalho.
A decisão da Segunda Turma é aguardada para este ano e deve influenciar julgamentos em que órgãos da União cobram dos agressores a restituição de valores pagos a título de benefício nos casos de violência contra a mulher. Além disso, a sentença pode ter efeito estendido a situações de acidente de trânsito em que haja pagamento do benefício.
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Liminar restabelece portaria que suspende períodos de defeso
Publicou o STF, Quinta-feira, 07 de janeiro de 2016
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, no exercício do plantão da Corte, deferiu medida cautelar na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 5447 para sustar os efeitos do Decreto Legislativo 293/2015, que restabeleceu os períodos de defeso anteriormente suspensos por portaria conjunta dos Ministérios da Agricultura e do Meio Ambiente. Ao decidir, o ministro salientou que os pescadores não terão prejuízo ao deixar de receber o seguro defeso, pois estarão livres para exercer normalmente suas atividades. Destacou ainda que a portaria interministerial também determinou o recadastramento dos pescadores artesanais com o objetivo de detectar fraudes no recebimento do benefício que é pago aos pescadores durante o período de interrupção das atividades
Em análise preliminar da ação ajuizada pela presidente da República, o ministro entendeu que o Executivo não exorbitou de seu poder regulamentador ao editar a Portaria Interministerial 192/2015, suspendendo o defeso por até 120 dias, pois as normas atingidas por ela são originárias do próprio Executivo, e não de lei. Segundo ele, também não se sustenta a justificativa do Congresso Nacional de que a portaria teria fim fiscal e, por este motivo, seria inconstitucional. 

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Janot vê indícios de repasse de propina a PT e PMDB em fundos de pensão
GRACILIANO ROCHA, da Folha de São Paulo 08/01/2016 02h00 - Atualizado às 08h08
Mensagens apreendidas no celular do empreiteiro e ex-presidente da OAS Léo Pinheiro acenderam sinal de alerta na Operação Lava Jato sobre indícios de reprodução do esquema de corrupção das fornecedoras da Petrobras em fundos de pensão e no FGTS, com pagamento de propina ao PT e PMDB.
De acordo com a Procuradoria-Geral da República, as mensagens indicam que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e o tesoureiro afastado do PT, João Vaccari Neto, cobraram "vantagens indevidas" por operações de capitalização das empresas do grupo OAS.
O foco das suspeitas são emissões de debêntures (títulos de dívida) que tiveram adesão de bancos estatais, fundos de pensão e o FI-FGTS (Fundo de Investimentos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço).
Empresas do grupo emitiram quase R$ 3 bilhões em títulos desde 2010.
"Pelo que se pode inferir das mensagens, há aquisição de debêntures emitidas pelas empresas, que são adquiridas ou por bancos –Caixa Econômica Federal, por meio do FI-FGTS, ou BNDES –ou por fundos de pensão onde há ingerência política", escreveu o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, nos autos da Operação Catilinárias, que é uma espécie de desdobramento da Lava Jato.
"Tudo mediante pagamento de vantagem indevida aos responsáveis por indicações políticas, inclusive doações oficiais", concluiu.
Pinheiro foi preso em 2014 e condenado a 16 anos de prisão por corrupção, lavagem de dinheiro e integrar organização criminosa. A OAS está em recuperação judicial.
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De R$ 17,8 bi para aposentadorias, só 27,5% estão garantidosRioprevidência só tem confirmados R$ 4,9 bilhões para 2016
por Elenilce Bottari, de O GLOBO, 07/01/2016 5:00
RIO — Maior responsável pelo estouro das contas do estado no ano passado, o Rioprevidência — fundo de pensão dos servidores estaduais — é uma bomba-relógio, com potencial explosivo tão grande quanto o rombo enfrentado na área de saúde. Em 2015, já foi um sufoco arcar com as despesas do fundo. Este ano, o quadro é ainda mais grave. Com uma previsão de gastos de R$ 17,8 bilhões com aposentados e pensionistas, o Rioprevidência só tem garantidos R$ 4,9 bilhões (27,5% do valor total), que vêm de descontos em folha dos funcionários da ativa. O restante depende de uma arrecadação ainda incerta. A crise continua a queimar os royalties do petróleo, que antes cobriam quase todo o restante dos recursos necessários para fechar a conta previdenciária.
Uma matemática difícil, que já mobiliza os técnicos do governo. A situação é agravada pelo impacto que as aposentadorias especiais, garantidas por uma legislação ultrapassada, têm no caixa do estado. O presidente do Rioprevidência, Gustavo de Oliveira Barbosa, observa que, atualmente, precisa obter um total de recursos equivalente à soma das três principais secretarias — Saúde, Segurança e Educação — para garantir o pagamento de 251.543 aposentados e pensionistas.
— Os gastos com as secretarias de Segurança, Saúde e Educação, que beneficiam 16 milhões de habitantes, serão de cerca de R$ 18 bi. Hoje, têm direito a aposentadoria especial professores e policiais militares, que podem se aposentar com menos cinco anos de trabalho do que a maioria dos trabalhadores. Há mais de 147 mil servidores hoje nessa situação. No caso dos militares, eles ainda podem se aposentar antes, ficando na reforma, à disposição do estado — afirmou Gustavo Barbosa.
A idade mínima para a aposentadoria da mulher no estado é de 55 anos e do homem, 60. As categorias com direito a aposentadorias especiais — entre elas professores e policiais militares — podem se aposentar com 50 e 55 anos.
Além disso, segundo Barbosa, metade dos 34% dos servidores da ativa que não estão cobertos pela aposentadoria especial é formada por mulheres, que podem se aposentar com 30 anos de serviço e 55 de idade.
— Resumindo, atualmente apenas 17% dos servidores terão que cumprir 35 anos de serviço e completar 60 anos de idade. Isso significa que eu tenho menos tempo para financiar essas aposentadorias e ainda gasto mais — explica.

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ANASPS/ON LINE
Ano XIV, Edição nº 1.442
Brasília, 15  de Janeiro de 2016

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