Governo publica novas regras para uso de carro oficial e viagens
Medida faz parte da reforma administrativa em andamento para reduzir os
gastos públicos
Publicado
pelo Ministério de Planejamento Orçamento e Gestão em
:
14/10/2015 15h58, última modificação: 14/10/2015 16h01
Dando
continuidade às medidas da reforma administrativa para racionalização e redução
dos gastos dos órgãos e das entidades da administração pública direta,
autárquica e fundacional, foi publicado hoje (14/10) o Decreto nº 8.541 que
estabelece novas regras para o uso de veículos oficiais e de compras de
passagens aéreas para viagens a serviço.
Os
dirigentes máximos das autarquias e fundações da administração pública federal
e ocupantes de cargo do Grupo-Direção e Assessoramento Superiores - DAS, nível
6, que hoje têm direito a uso individual de carros oficiais passarão a utilizá-los
de modo compartilhado. A medida abrange um universo de 280 pessoas. Apenas
ministros e ocupantes de cargos Natureza Especial continuam com o sistema de
uso individual.
No curto
prazo, a previsão é de que haja um compartilhamento dos veículos operacionalizado
por cada ministério. Até o início do ano que vem, deverá ser implementado um
sistema de compartilhamento de veículos entre os diversos ministérios e a
utilização de outros modais de transporte, tais como táxi, vans e moto-frete
(trânsito de documentos).
O decreto
prevê também que apenas ministros, ocupantes de cargos de Natureza Especial, o
chefe do Estado Maior das Forças Armadas e os comandantes do Exército, da
Marinha e da Aeronáutica terão direito a Classe Executiva em voos nacionais e
internacionais. Os demais agentes públicos deverão utilizar a Classe Econômica
em viagens nacionais e internacionais.
Esse
decreto se soma às ações lançadas ontem por meio do decreto 8.540 e seus
efeitos orçamentários serão incorporados ao PLOA 2016 conforme já anunciado
pelo governo da seguinte forma:
- Renegociação
de contratos de custeio: R$ 1,6 bilhão;
- Limite
para gastos com servidores em diárias, passagens, auxílio moradia e
telefone: R$ 200 milhões;
- Redução
e reestruturação de ministérios e de cargos de confiança: R$ 200 milhões
(inclui gastos obrigatórios, que não estão contabilizados em custeio
administrativo – Medida Provisória 696, publicada em 5 de outubro).
Revisão de contratos
Ontem, o
governo publicou o Decreto nº 8.540 que
determina a revisão de contratos relativos à aquisição de bens e à prestação de
serviços, tais como locação de imóveis; locação, manutenção e conservação de veículos;
serviços de consultoria; vigilância ostensiva; e aquisição de passagens. Com
isso, órgãos terão que avaliar despesas e rever os qualitativos e quantitativos
dos seus contratos de forma a promover uma redução global de 20% nos gastos com
esses serviços, em termos reais, respeitando os limites estabelecidos na
legislação de licitações e contratos públicos. Quanto à prorrogação ou
celebração de novos contratos, o governo deverá reavaliar a essencialidade do
serviço e o interesse público na contratação.
O decreto
ainda fixa limites de gastos com celulares corporativos, tablets e modens
utilizados por ministros, comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica,
chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, ocupantes de cargos de
Natureza Especial (NES) e de DAS. A medida abrange também os dirigentes
máximos de autarquias e fundações.
Para
ministros, ocupantes de cargos de Natureza Especial, comandantes das forças
armadas e o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, os gastos com esses
serviços ficam limitados a R$ 500,00 mensais. Para os dirigentes de autarquias
e fundações e ocupantes de cargos em comissão DAS 6 e equivalentes, o limite é
de R$ 300,00, e para DAS 5 e equivalentes, R$ 200,00. Para os demais usuários
autorizados, o limite é de R$ 150,00.
Os
valores que excederem esses limites deverão ser recolhidos pelos usuários aos
cofres públicos por meio de Guia de Recolhimento da União (GRU), no prazo
máximo de cinco dias úteis, contado da data de recolhimento da fatura.
Atualmente, cada órgão estabelece limites de gastos com telefonia celular por
meio de portarias ou outros mecanismos de controle. Com a publicação do
decreto, o governo limitou o gasto para toda a administração pública,
autárquica e fundacional.
É preciso
esclarecer que as renegociações de contratos não podem ser aplicadas de forma
linear já que, em alguns casos, os preços dos serviços são administrados.
Existem também situações nas quais a margem de ajuste é menos flexível por
questões de segurança como, por exemplo, nos contratos de manutenção preventiva
e serviços de vigilância. Além disso, as datas de vencimento dos contratos
atuais são diferenciadas ao longo do ano, de modo que o impacto dessas
renegociações não se faz sentir completamente no mesmo ano.
A
projeção de gastos de custeio prevista para o exercício de 2016 é de R$ 29,7
bilhões. Se alcançada a meta de renegociação haveria uma redução de R$ 5,9
bilhões nesses gastos. Entretanto, em virtude das questões apontadas acima,
será incorporada no PLOA uma redução de R$ 2 bihões.
Para
garantir mais economia e qualidade do gasto público, o governo federal investe
em ações de contenção de despesas. Redução de gastos
Publicado: 14/10/2015 12h05, última
modificação: 14/10/2015 18h56
Nas medidas estão o Sistema
Eletrônico de Informações (SEI), a compra direta de passagens aéreas, a compra
centralizada de serviços, a venda de imóveis da união, o fim da impressão de
contracheques e o monitoramento da folha de pagamento.
Saiba mais sobre cada uma
delas
SEI
O Sistema Eletrônico de
Informações (SEI) envolve a tramitação de documentos eletronicamente, ou seja,
sem uso de papel. O projeto já envolve 14 instituições e outras 34 estão com
instalação em fase avançada, como o Ministério da Educação (MEC). A estimativa
é que a economia de pessoal, equipamentos e papel gire em torno de R$ 1 bilhão.
Além do Planejamento, os ministérios das Comunicações, da Justiça, e o Conselho
Administrativo de Defesa Econômica (Cade) usam o SEI. No ministério da
Comunicações, por exemplo, o sistema trouxe uma econômica de mais de R$ 500 mil
em gastos com impressão. A duração média da tramitação de processos no órgão
passou de 199 para 25 dias.
COMPRA DIRETA DE PASSAGENS
Anteriormente, as compras
eram feitas com a intermediação de agências de viagens e pagamento
de taxa de operação. A partir da compra direta nas companhias aéreas houve
a eliminação da taxa e o governo conseguiu descontos médios de 18,5% no valor
da passagem, o que deverá cortar despesas de até R$ 35 milhões ao ano.
COMPRA CENTRALIZADA DE
SERVIÇOS
Em vez de cada órgão da
administração realizar uma licitação própria para contratar serviços, uma única
Ata de Registro de Preços é lançada e os interessados podem aderir com redução
nos valores para aquisição destes bens.
No modelo, as compras
centralizadas de ativos de rede (equipamentos que estabelecem a
comunicação de dados internos e externos nos órgãos públicos) a
economia foi de mais de 50%. A compra de 2.889 equipamentos
teve gasto total estimado de R$ 39,3 milhões, mas, realizada em
conjunto, acabou saindo por R$ 19,65 milhões.
A aquisição de imagens
orbitais, realizadas por satélites, teve custo total programado de R$ 367,8
milhões, mas, sendo feita de forma centralizada, saiu por R$ 61,3 milhões, com
redução de 83,3% (R$ 306,5 milhões) em relação ao valor médio pago
anteriormente pelo governo.
IMÓVEIS DA UNIÃO
E m agosto de 2015 o
governo anunciou a venda de imóveis não prioritários da União. A primeira
licitação, com valor estimado de R$ 94,8 milhões, já foi lançada com a oferta
de vinte imóveis. Estão previstas ainda mais duas licitações em 2016. A
primeira de um lote de 119 imóveis, em 19 unidades da
federação, com previsão de retorno de R$ 522 milhões.
A segunda licitação, que
está prevista para 2016, colocará à venda 30 terrenos para uso residencial,
comercial, industrial e de serviços no Distrito Federal, com estimativa de
ganho de R$ 649 milhões.
Além da economia com a venda
dos imóveis, faz parte do plano de melhoria da gestão, a construção de seis
anexos na Esplanada dos Ministérios, com capacidade para 12 mil servidores,
eliminando, portanto, o gasto com aluguel de imóveis para abrigar órgãos da
Administração Pública Federal. O custo total com a construção dos anexos será
de R$ 1,260 bilhão e haverá redução de despesa com aluguel, no mesmo período,
de R$ 1,363 bilhão. Ao final dos 12 anos haverá, portanto, economia de R$ 103
milhões.
FIM DA IMPRESSÃO DE
CONTRACHEQUES
Em maio deste ano, os
servidores públicos passaram a receber o contracheque exclusivamente por meio
eletrônico, sendo eliminada a impressão e o envio de comprovantes. Com esta
medida, houve economia anual de cerca de R$ 40 milhões ao ano.
FOLHA DE PAGAMENTO
Medidas de monitoramento da
folha de pagamento dos servidores públicos para evitar pagamentos em duplicidade já
geraram, até maio de 2015, uma economia de R$ 1,1 bilhão. O trabalho de
verificação de conformidade da folha consiste no monitoramento dos lançamentos
efetuados pelo Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos (Siape) e
permite identificar e bloquear pagamentos incorretos ou indevidos.
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