ANMP foi chamada para audiência com Planejamento e retomar negociação da greve dos peritos médicos
A
ANMP recebeu convite para audiência com o Planejamento com intuito a retomar as
negociações da reestruturação da carreira dos peritos médicos. Realizada agora
há pouco, o MPOG foi representado por Sérgio Mendonça, Secretário de Relações
do Trabalho no Serviço Público (SRT/MPOG), Edina Lima, Secretária-Adjunta de
Relações do Trabalho, Mauro Henrique Pessoa, Secretário de Gestão Pública
(SEGEP/MPOG) e pelo assessor especial da SRT/MPOG, Vladimir Nepomuceno. O
presidente da ANMP, Francisco Cardoso, e o diretor sindical da ANMP, Luiz
Argolo, representaram a categoria.
Na
reunião, o MPOG reforçou a necessidade urgente de se chegar a um acordo pelo
fim da greve dos peritos e lembraram que nesse momento somos a única categoria
federal com movimento paredista organizado. Sérgio Mendonça abriu a reunião
dizendo que era conhecedor da pauta da greve mas que o governo queria saber o
que seria inegociável e o que poderia ser avançado em grupos de trabalho em
vistas a um acordo de encerramento de greve.
A
ANMP respondeu que a greve vem da força da base, dos peritos organizados por
uma entidade que voltou a representar a categoria e que é a confiança dela na
diretoria que sustenta a greve. Ressaltamos que fizemos todo o possível para
não entrar na greve, mas a falta de respostas do governo diante da pauta da
categoria nos levou ao movimento.
A
ANMP disse que são itens inegociáveis: a jornada de 30h (com opção de 20h), o
fim da terceirização, a redução dos níveis de progressão com o fim do curso
pé-na-cova e a incorporação da GDAPMP ao vencimento básico do ativo e inativo.
Os outros itens de pauta da greve são pertinentes de discussão com o INSS, por
serem rotinas operacionais, mas a ANMP não aceitará que a autarquia continue
imóvel perante às demandas operacionais apresentadas pela associação e que
dentro de um possível acordo que a administração se comprometa a implementar de
forma imediata o que já é previsto em lei e que as outras mudanças sejam
implementadas conforme caso a caso.
Em
relação à reposição das perdas salariais, novamente o governo apresentou a
proposta de 10,8% em dois anos ou 21,3% em quatro anos. Esse assunto ficou para
ser discutido após a definição dos itens inegociáveis, assim como a reposição
do quadro de peritos médicos que sofre com déficit de quase 3.000 vagas. A ANMP
reiterou que o governo sofre perdas bilionárias anualmente por não ter uma
carreira pericial estruturada e atrativa.
Os
representantes do Planejamento reconheceram isso e disseram que essa discussão
agora será levada aos ministros das áreas pertinentes (Trabalho e Previdência,
Planejamento e Fazenda) e que, diante dos argumentos técnicos fundamentados
apresentados e reiterados pela ANMP, e também por conta da greve, que haverá
uma resposta célere por parte do Governo para se tentar chegar a um possível
acordo o mais breve que der.
A
ANMP aguardará o retorno do Governo e reitera para a categoria que a greve é a
nossa ferramenta e o nosso caminho em busca dos nossos objetivos, do
reconhecimento dos nossos pleitos e que o movimento paredista deverá continuar
forte e coeso como vem sendo desde seu início.
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