IMPRENSA/ANASPS
ANASPS: A CRISE DA GEAP É DE GESTÃO
ENTIDADE TEVE PREJUÍZOS ENTRE 2010/2013
CUSTO ADMINISTRATIVO É ELEVADO
O
Vice-Presidente Executivo da Associação Nacional dos Servidores da Previdência Social,
Paulo César Regis de Souza, disse hoje que a GEAP, Fundação de Autogestão em
Saúde, com cerca de 600 mil vidas, mas na verdade com menos de 225 titulares contribuintes,
“precisa e deve ser reformulada, de alto a baixo, e que seu custo
administrativo é alto demais. A crise da GEAP que já dura 13 anos é de gestão,
não é de falta de recursos. Além de que
a gestão deva ser profissional. Para a ANASPS, o controle externo da GEAP não
existe e com inadimplência zero”.
A
GEAP continua não tendo uma ambulância, um posto médico em qualquer cidade onde
opera, nenhum hospital, nenhuma clínica, nenhum laboratório, o que é um estorvo
para seus associados que padecem com mau atendimento ou atendimento de segunda
classe, com uma rede de qualidade duvidosa, pois as melhores unidades e
profissionais de saúde se recusam a trabalhar nas condições que a GEAP impõe.
Nós servidores precisamos da GEAP e o governo é responsável pela crise gerencial,
pois há três anos decretou uma “intervenção branca” e tem se recusado a
proporcionar o meio de resgate da instituição, punindo os servidores e suas
famílias”. Disse.
Paulo
César Regis de Souza revelou a disposição da ANASPS de contribuir para o
fortalecimento da GEAP. “Fomos os criadores da Patronal, como servidores do
antigo INPS e sempre nos orgulhamos da excelência dos seus serviços. A GEAP,
que é uma continuação caricata da Patronal, é um espectro do que foi a
Patronal. Enquanto os planos privados melhoram seus serviços, a GEAP só piora”
Paulo
César também criticou que a GEAP está presente apenas nas capitais brasileiras,
distanciando-se mais e mais dos servidores que estão no interior, mesmo em
cidades de grande porte.
Com
os dados das demonstrações de resultados dos últimos exercícios da GEAP, que
ainda não disponibilizou os números de 2014, Paulo César revelou que a GEAP
teve prejuízos de R$ 2.547 mil, em 2010; de R$ 107.014 mil em 2011; R$ 86.698
mil em 2012 e R$ 90.888 mil em 2013. “O grave é que os prejuízos não foram
cobertos pelo governo, que manda e desmanda na GEAP, mas pelos servidores. A
contribuição do governo para a GEAP, o chamado per capita, é ridícula e não foi
reajustada como não foram os vales refeição, creche, transporte e diárias dos
servidores”.
Por
outros lados, as despesas administrativas da GEAP têm sido muito elevadas, em
relação aos custos operacionais de outras empresas de seguro saúde, conforme os
dados disponíveis:
2010 R$142,331
mil
2011 R$
159.923 mil
2012 R$
160.911 mil
2013 R$
216,299 mil
Paulo
César acrescentou que a despesa administrativa tem se situado entre 9/10% das
receitas líquidas, chamadas de “contraprestações liquidas retidas”, tendo sido
de 9,79%em 2010, 11,08% em 2011, 9,68% em 2012 e 9,81% em 2013.
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