PNAD 2014: População
desocupada cresce, mas tendência de redução da desigualdade se mantém
Os principais
indicadores:
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- Cresce a escolarização das crianças com 4 e 5
anos de idade
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- Média de anos de estudo da população chega a 7,7
anos
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- Trabalho: população desocupada aumenta 15,8% no
Sudeste
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- Carteira assinada cresce 1,0 % no país, mas tem
redução de 220 mil no Sudeste
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- Tecnologia: número de pessoas que acessam a internet
por computador cresce 11,4% em um ano
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- Habitação e bens duráveis: domicílios
próprios caem e alugados aumentam
ü - Percentual
de domicílios ligados à rede coletora de esgoto cresce no Norte
A Pesquisa Nacional por Amostra
de Domicílios (PNAD) 2014 mostrou que a população desocupada aumentou 9,3%
(617,2 mil pessoas) entre 2013 e 2014, chegando a 7,3 milhões de pessoas de 15
anos ou mais de idade.Todas as regiões apresentaram expansão da desocupação,
principalmente Sudeste (15,8%) e Nordeste (5,2%).A taxa de desocupação cresceu
de 6,5% para 6,9% no período, atingindo 7,3% no Sudeste e 8,0% no Nordeste. O
nível da ocupação (proporção de pessoas ocupadas na população de 15 anos ou
mais de idade) também cresceu de 61,2% para 61,9% entre 2013 e 2014. Quanto à
inserção no mercado de trabalho, a participação dos empregados caiu de 62,3%
para 61,3%, enquanto a dos conta-própria cresceu de 20,7% para 21,4%. O
contingente de empregados com carteira assinada em atividade não agrícola
cresceu 1,0% (345 mil pessoas a mais), apesar da queda de 1,2% (menos 220 mil
pessoas) no Sudeste.
De 2013 para 2014, o crescimento
do rendimento médio mensal real domiciliar per capita no Brasil foi de 2,4% (de
R$ 1.217 para R$ 1.246). Enquanto os domicílios pertencentes aos 10% com menor
renda domiciliar per capita tiveram aumento real de 6,2% (de R$ 146 para R$
155), os domicílios pertencentes aos 10% com maior renda tiveram aumento menor,
de 2,1% (de R$ 5.076 para R$ 5.183), denotando queda da desigualdade na
distribuição do rendimento domiciliar per capita. Os rendimentos de trabalho
tiveram aumento de 0,8% (de R$ 1.760 para R$ 1.774) e o índice de Gini da
distribuição desses rendimentos, que vem em trajetória decrescente desde 2004,
passou de 0,495 em 2013 para 0,490 em 2014 (quanto menor, menos desigual).
Nesse mesmo período, o índice de Gini dos rendimentos de todas as fontes passou
de 0,501 para 0,497, e o do rendimento domiciliar passou de 0,497 para 0,494.
A taxa de analfabetismo das pessoas
de 15 anos ou mais, que em 2013 foi de 8,5%, recuou para 8,3% em 2014, mas
ainda mostra distorções entre as regiões, variando de 16,6% no Nordeste para
4,4% no Sul. A taxa de escolarização (percentual de pessoas que frequentam
escola) mostrou crescimento entre as crianças de 4 a 5 anos (de 81,4% em 2013
para 82,7% em 2014) e continua registrando seu maior nível no grupo de 6 a 14
anos, em que chega a 98,5%.
A PNAD registrou aumento de 4,5%
(143,5 mil) no número de crianças e adolescentes entre 5 a 17 anos ocupados,
totalizando 3,3 milhões (8,1% do total na faixa etária) nessa condição em 2014
(eram 3,2 milhões em 2013, o equivalente a 7,5% do total).
Pela primeira vez, a PNAD mostra
que a proporção de pessoas que acessaram a internet por meio de microcomputador
passou da metade da população residente de 10 anos ou mais (de 49,4% em 2013
para 54,4% em 2014), chegando a 95,4 milhões e registrando um incremento de
11,4%. A posse de telefone celular para uso pessoal teve um incremento de 4,9%
em 2014 (6,4 milhões de pessoas a mais), totalizando 136,6 milhões de pessoas
(77,9%).
A PNAD 2014 traz ainda dados
sobre composição e mobilidade populacional, habitação e bens duráveis, além da
série de indicadores harmonizados (exclui as áreas rurais de Rondônia, Acre,
Amazonas, Roraima, Pará e Amapá), que permite comparações no período de 2001 a
2014. A PNAD é realizada pelo IBGE desde 1967 e apresenta um retrato do país,
grandes regiões, estados e nove regiões metropolitanas. A publicação completa
da PNAD 2014 pode ser acessada no site do IBGE
Leia mais
no
ANASPS/ON
LINE/Extra
Ano XVII, Edição nº 1431
Brasília,
em 20 de Novembro de 2015
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