ANASPS URGENTE 43
Brasília, 14.08.2014
ANASPS E CNTSS foram ao Ministério
do Planejamento para mais uma rodada de negociações em defesa da greve dos
servidores da Previdência
Na
última quarta-feira (12/08), à Associação Nacional dos Servidores da Previdência
e Seguridade Social - ANASPS representada por seu Presidente Alexandre Barreto
Lisboa e a CNTSS- Confederação Nacional dos Trabalhadores em Seguridade Social,
representada por seu Presidente Sandro Alex de Oliveira Cézar, e outras
entidades sindicais, reuniram-se no Ministério do Planejamento Orçamento e
Gestão, com o Secretário de Relações do Trabalho Sérgio Mendonça, para mais uma
rodada de negociações, afim de receber propostas a pauta de reivindicações dos
servidores do INSS.
Os
servidores da categoria que estão em greve desde o dia 07 de julho, pedem um
reajuste salarial imediato de 27%, 30 horas trabalhadas, paridade salarial
entre ativos e aposentados, incorporação da GDASS, entre outros pontos além de
melhorias nas condições de trabalho e no atendimento à população.
Entre
as conversas já realizadas, o Secretário de Relações do Trabalho Sérgio
Mendonça, considerou que houve algumas evoluções sobre os diversos pontos da
pauta.
Assim,
o Secretário de Relações do Trabalho Sérgio Mendonça, passou a palavra ao
Assessor de Gabinete Vladimir Nepomuceno, para que fosse apresentado os pontos de
avanço na pauta dos funcionários do INSS, em relação a carreira do seguro
social, para possíveis acordos.
Durante
a reunião assuntos de interesse dos servidores foi objeto de debate, os pontos
da proposta oferecida pelo governo foram:
·
GDASS: Inversão da relação
de índice de variável- que hoje é 30%, 70% e passaria a 70%, 30%. A parte variável ficaria 10% institucional e
20% individual, e parte fixa passaria a ser 70% do total da gratificação.
Ainda em relação a GDASS, proposta de alteração dos
critérios de incorporação na aposentadoria para os servidores que ingressaram
até fevereiro de 2004 que é a data em vigência da emenda constitucional 41.
Os servidores que se aposentaram tendo preenchido o
requisito ou que venham a se aposentar, seria feito uma mudança de 50 pontos
para a média individual de pontos que o servidor recebeu nos últimos 5 anos. A
proposta é 1/3 a cada ano, a partir de 2017. Assim, o servidor se aposentando
receberia no período de 2017 a 2019 parcelas de 16, 66% anuais. Para os que se
aposentarem antes será de acordo com a realidade do momento.
·
Interstício-
deixa de ser 18 meses e volta a ser 12 meses como antigamente.
·
Reajuste salarial- 21,3% em quatro anos com possibilidade de
revisão – os valores seriam: 5,5% em 2016, 5% em 2017, 4,75% 2018 e 4,5% em
2019.
·
Pendências de servidores da greve em 2009- corrigir a situação funcional regular das pessoas, os
servidores não terão prejuízo, principalmente na contagem de tempo para a
aposentadoria. Quanto aos descontos, havendo compensação, haverá devolução.
·
Reestruturação de carreira do Seguro Social – criação de um Comitê Gestor de Carreira composta por
equipe dos servidores da direção do INSS, MPS, MPOG. Esse comitê criado por
lei, terá como tarefas organizar, acompanhar e corrigir todas as situações da
carreira. Como 1ª tarefa, o comitê teria um prazo determinado, para apresentar
proposta para reestruturação de carreira completa, com questões de ingresso,
desenvolvimento, estruturação remuneratória que serve para a aposentadoria e
tudo o que envolve a carreira. Após
terminar, encaminhar a proposta de reestruturação para se ter um acompanhamento
do dia-a-dia da carreira fazendo todas as modificações necessárias.
·
Insalubridade ON 06- Discussão
com a secretaria de gestão, Ministério do Planejamento, Ministério da
Previdência, Ministério do Trabalho, e as respectivas áreas jurídicas, para
revisão e discussão da insalubridade, questão de contágio, necessidade de
contato físico pessoal.
·
Instrução Normativa 74- A direção do INSS já se manifestou favorável a
revogação da IN.
·
Jornada de 30 horas-
Hoje a jornada é condicionada a indicadores e avaliações.
Proposta do governo: Seria suspenso durante o período que termina em setembro
de 2015, podendo ser suspenso por mais dois períodos, completando 1 ano em
setembro de 2016, nesse espaço de tempo seria discutido com representação dos
servidores e direção do INSS, como seria encaminhado a aplicação do decreto que
regulamenta a jornada de trabalho dos servidores públicos e as condições para
adquirir legitimidade da jornada de 30 horas.
Assim, os servidores almejam que seja feita a revisão dos
critérios quanto as avaliações de metas. Uma vez que as mesmas estão cada vez
mais difíceis de serem alcançadas, e isso identifica uma queda nas condições de
trabalho, problema este que envolve tanto as instalações e os sistemas, como, e
talvez a mais grave, o aumento de déficit de pessoal o que acaba gerando prejuízo
tanto aos servidores quanto a população.
·
Benefícios Sociais- O
governo propôs reajuste no auxílio- alimentação, auxílio-saúde e
Pré-escolar/auxílio-creche, os índices ficariam: Auxílio-Alimentação: R$ 373,00
para 458,00. Auxílio-saúde reajuste de 22,3%. E auxílio-creche 317%, de acordo
com a unidade federativa, esse reajuste corresponde ao período acumulado desde
1995.
O
governo voltou a afirmar que vai fazer a política de resolver a questão da
gratificação de desempenhos em 2017, 2018 e 2019. Os servidores do movimento
pedem que seja revisto o primeiro movimento em 2016, sobre a média da
aposentadoria dos servidores e sobre o reajuste de 21,3% à categoria pede
revisão de quatro anos para dois.
Ao
final da reunião o Presidente da CNTSS- Sandro Cezar, solicitou a pedido de
todos os servidores, que o governo apresente os pontos de pauta por escrito
para que as pessoas possam se submeter à apreciação a aprovação.
Afirmando
o principal ponto da reunião: “ O ponto central da reunião, é a insistência que
nós da CNTSS junto com demais companheiros tivemos. Nós queremos que o governo
apresente por escrito as propostas em pauta, para que elas possam ser
submetidas as assembleias da categoria em todo o país, para que os
trabalhadores possam decidir o futuro do movimento”.
Assim
os servidores do INSS decidiram dar continuidade a paralisação.
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