ANASPS Urgente 40
Brasília, 04.08.2015
Ministério
do Planejamento definirá nova rodada de negociações da campanha salarial dos
servidores do INSS nos próximos dias
A Confederação
Nacional dos Trabalhadores na Seguridade Social-CNTSS, instituição parceira da
ANASPS nas negociações que estão em curso sobre a campanha salarial dos
servidores do INSS, divulgou comunicado
assinalando que “a indicação de novo item na pauta financeira faz com
que representantes do governo solicitem prazo para a elaboração de estudos
detalhados sobre o impacto nas contas federais”.
Eis os principais
pontos das negociações:
GDASS – Sobre a GDASS -
Gratificação de Desempenho de Atividade do Seguro Social, a proposta do governo
prevê que seja calculada pela média dos últimos cinco anos a partir de 2017. O
servidor aposentando receberia no período de 2017 a 2019 parcelas anuais de
16,66%.
A nova medida permitirá que receba a média total de 100 pontos,
sendo 50% no ato da aposentadoria e o restante fracionado conforme explicitado
acima. Esta medida abrangeria os servidores que se aposentaram até o dia 19 de
fevereiro de 2004, quando foi publicada a emenda 41 que estabelece as novas
regras da aposentadoria. Porém, os servidores que se aposentaram antes da
implantação da GDASS não receberiam este acréscimo nas aposentadorias.
Ainda sobre a gratificação, o governo propôs inverter a forma como
hoje se dá a distribuição percentual. Hoje isto se dá na proporção de 70% de
variável para renumeração e 30% fixa. Em três anos está variável se inverteria
para 30% variável e 70% fixa.
Progressão Funcional - O segundo
ponto abordado pelo governo diz respeito à progressão funcional. O governo
aceitou fazer a discussão dos novos servidores diminuindo o prazo atual de 18
meses para 12 meses. Neste item o governo não levaria em consideração o
pagamento de períodos anteriores, ou seja, não haveria retroatividade no
pagamento. Porém, se comprometeu a acertar as referências dos servidores que
forem prejudicados, sem fazer pagamento retroativo.
Instrução Normativa 74 – Este
assunto está sendo tratado por um Grupo de Trabalho formado pelo INSS e
trabalhadores. A Confederação tem representantes neste GT. Já houve avanços
neste debate. Foi aceito retirar do texto da Instrução as questões que tratam
especificamente sobre o servidor. Há um ponto que ainda está sendo ajustado e
diz respeito à forma como enquadrar o servidor que comete infração.
Plano de Carreira – O governo
federal se mostrou disposto a discutir o Plano de Carreira do Seguro Social.
Para isto, será formado, por meio de legislação, um Comitê Gestor de Carreira
que discutirá este tema tendo com prazo inicial de trabalho o período de doze
meses, podendo ser prorrogado para mais doze meses. Participarão deste Grupo
representantes dos ministérios do Planejamento, Orçamento e Gestão e da
Previdência Social, do INSS e das entidades nacionais dos servidores públicos
federais.
30 horas semanais – O governo
considera que não é possível aplicar o decreto do turno ininterrupto para todos
os servidores. Para a área administrativa não há esta possibilidade. O governo
entende que o decreto só pode ser aplicado na forma em que está hoje com o REAT
– Regime Especial de Atendimento em Turnos. Existe ainda, segundo o governo, o
problema dos órgãos de controle, como o Ministério Público, que exige a
justificativa de tal medida. Há condições de estudar esta questão somente para
os funcionários das agências. Foi ventilada a suspensão ou flexibilização do
REAT até setembro de 2016 enquanto se constrói com as entidades novo modelo de
avaliação vinculada à jornada.
Adicional de Insalubridade – O
governo, por meio dos ministérios do Planejamento e Previdência, está estudando
a revisão da ON – Orientação Normativa nº 06, conforme solicitação das
entidades representativas dos trabalhadores. A ON fala sobre a insalubridade em
virtude do contato pessoal e os trabalhadores querem que se refira também sobre
exposição no ambiente de trabalho. Em breve o resultado deste estudo será
encaminhado aos trabalhadores.
Plano de Ação – Há um
Grupo de Trabalho formado por representantes do governo e dos trabalhadores
discutindo este tema. Para o ano de 2015, porém, o governo não vê a
possibilidade de alteração. Qualquer mudança poderá ser avaliada para o próximo
ano.
Benefícios Sociais – Na rodada
anterior de negociações, realizada em 21/07, o governo havia proposto reajustar
o auxílio alimentação, o plano de saúde suplementar e o auxílio creche. Para os
dois primeiros benefícios, os índices ficariam em torno de 22,5%. Para o
auxílio creche o índice atinge 317%, pois leva em conta o período inflacionário
acumulado desde 1995.
Dias descontados da greve de 2009 – Governo
se comprometeu a efetuar o pagamento.
Pauta financeira - O governo
manteve a pauta financeira proposta no início das negociações que prevê o
aumento de 21,3% parcelado em quatro anos. A oferta, feita em 25/06, previa a
reposição da inflação projetada para os próximos quatro anos, sendo assim
representada: índice de 21,3% dividido em parcelas de 5,5% em 2016, 5,0% em
2017, 4,8% em 2018 e 4,5% em 2019. Esta proposta inicial já havia sido
rejeitada pelos trabalhadores
Durante a reunião, foi apresentada a proposta de um aporte de
cerca de R$ 1,2 mil nos salários de todos os servidores do INSS, inclusive os
aposentados. O tema causou um impasse, pois o governo fez alguns cálculos
iniciais e verificou que o montante está além da possibilidade de negociação.
Somando este valor à proposta inicial, de 5,5%, o percentual em 2016 chegaria
em torno de 23%.
Em virtude deste novo item, o governo informou
que realizará novos estudos aprofundados e que deverá ser marcada nova rodada
de negociações para os próximos dias.
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