Vale a
pena recolher mais à Previdência
Os contribuintes facultativos, ou seja, os estudantes,
as donas de casa e aqueles que não possuem atividade remunerada, podem elevar o
valor do seu futuro benefício recolhendo pelo teto do INSS (Instituto Nacional
do Seguro Social). A situação é mais interessante para aqueles que estão
próximos de se aposentar.
Isso
porque, tanto por meio das aposentadorias por tempo de contribuição,
quanto por idade, o Ministério da Previdência Social faz uma média de todas as
contribuições, de julho de 1994 até o pedido do benefício, com a exclusão dos
20% menores recolhimentos. Depois, ainda é aplicado o fator previdenciário, que
reduz em cerca de 30% o valor do benefício. E, ao elevar parte desses
pagamentos ao INSS, maior tende a ser essa média.
Cinco
anos de aumento nas contribuições já fariam diferença, observou a
sócia-proprietária do escritório Suzani Ferraro e Advogados e presidente da
Comissão de Previdência Social da OAB-RJ (Ordem dos Advogados do Brasil do Rio
de Janeiro), Suzani Andrade Ferraro. “Mas a verdade é que quanto mais tempo de
contribuição, maior o benefício.” Ela criticou a postura de muitos aposentados
que comemoram ter pedido o benefício mais jovens e ainda trabalham. “Deveriam
ter esperado. Pois, quando realmente precisarem, e o corpo não deixá-los mais
trabalhar, não terão como elevar a aposentadoria (a não ser que peçam na
Justiça a troca do benefício).”
A presidente
do IBDP (Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário), Jane Lucia Wilhelm
Berwanger, lembrou que o salário de contribuição tem teto, atualmente, de R$
4.390,24. “Portanto, o máximo que a pessoa pode recolher é de R$ 878,04.”
Para
quem possui algum tipo de atividade remunerada, seja autônomo ou empregado, a
legislação brasileira não permite o aumento do valor de recolhimento, destacou Jane.
Portanto,
quem recebe salário inferior ao teto previdenciário terá que recorrer a uma
previdência privada caso queira ampliar a sua renda quando se aposentar.
Fonte: Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
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