A GEAP e a teoria do caos
Por Paulo César Regis de Souza (*)
Em seus 60 anos de existência a Patronal, o Plano de saúde dos servidores
públicos federais, criado inicialmente para atender os servidores do então INPS
e depois, em 1977, os servidores do SINPAS, das entidades da Previdência
Social, era tão bom que foi alçado a ser transformado em GEAP para atender os
servidores dos ministérios da Previdência Social, Saúde e Trabalho.
Na Patronal, tudo funcionava, assistência médica, clínica e hospitalar, dentária,
psicológica, psiquiátrica e farmacêutica. Os servidores, além disso, faziam um
pecúlio para resgatar quando se aposentassem. O governo pagava uma parte e os
servidores outra. Havia na época fila
para busca de credenciamento por parte dos hospitais, médicos e clinicas
especializada e laboratórios. Todo mundo queria trabalhar para a Patronal.
O nosso infortúnio começou com a transformação em GEAP e na impostura de
um Fundo de Pensão para administrar o pecúlio, ficando o plano de Saúde a
reboque. Arranjos de uma burocracia que foi cooptada pela corrupção e pela
política. Seja os partidos começaram a ver na GEAP, no ativo do pecúlio, uma
brecha para ganhar dinheiro. Todos os partidos ganharam. A GEAP e os servidores
perderam.
A GEAP ampliou desmedidamente incorporando servidores de outros órgãos, sob alegação de que era
preciso aumentar a base de novos contribuintes e de contribuintes novos (em
idade) para financiar o plano de saúde. A tese parecia convincente. Só que a
gestão “politica” da GEAP viu por outros olhos, com o aparelhamento da
entidade com fins inconfessáveis. A eficiência da antiga Patronal se
transformou na incompetência da GEAP.
Hoje o que vemos é o sucateamento da saúde do servidor, uma fuga em
massa dos credenciados, hospitais, clinicas médicas, pediátricas, odontológicas,
psiquiátricas, psicológicas, etc e outras, médicos, dentistas, por pagamento baixo e atraso. Tenho na ANASPS
denuncias de mau e péssimo atendimento em todos os estados. Acredito que as tabelas de preços praticadas
pela GEAP são as mesmas de outras administradoras, o problema está na falta de
pagamento, ou no “over price” do pagamento. Tenho consciência que os custos de
saúde são crescentes, que os planos, como GEAP e Cassis, do Banco do Brasil, de
auto-gestão, enfrentam crises estruturais, mas a pergunta que precisa ser feita
é onde está o dinheiro dos
patrocinadores e dos contribuintes? Há denúncias de desvios e desmandos. Nos
últimos nove anos, isto se acentuou de forma abusiva.
Durante muito tempo a contribuição da patrocinadora foi defasada e o
caos foi se ampliando. Só a contribuição dos servidores não cobriria os custos
de financiamento. Além disso, optaram por uma administração terceirizada, descompromissada
com a instituição, em que não podemos
culpar o diretor ocupante, já que seu cargo não é por concurso público, muito menos
se exige notório saber ou competência mínima. Mais ainda, o mesmo tem de administrar a casa
com dois conselhos, um com mais de 30 participantes, outro com seis, sendo três
indicados do governo e três eleitos pelos servidores da Saúde, da Previdência e
do Trabalho. O que eles fazem? Não sabemos por motivo de um tal Código de
Ética. Mas Código de Ética com dinheiro alheio. Por que esconder?
A pergunta é como servir a vários senhores, como administrar mais de
R$ 300 milhões mensais, com tanta gente
mandando? Comprando prédios faraônicos,
contratando médicos e enfermeiros para fiscalizar eles mesmos? Fazendo reuniões
em Brasília, e em outros estados, com viagens, diárias e hospedagem, sem uma pauta de soluções para as diversas
críticas e reivindicações? Só oba oba, enquanto a GEAP vai de mal a pior!
Administração medíocre e desastrosa! Despesas, desmandos, descalabro!
Necessitamos de uma administração empresarial e não uma administração política.
Senhores, o dinheiro da GEAP,- receita de R$ 2 bilhões, incluindo 30% de
participação do usuário, despesa de R$ 2 bilhões, inclusive alta taxa de administração,
o que é expressivo - vem de contribuição
bipartite, do Governo, sempre defasada,
e dos servidores, esta com a vantagem de inadimplência zero, ´pois é descontada
no contracheque. Se é mínima, se não cobre os custos, é porque os custos estão
mal orçados ou porque os recursos são aplicados de forma inadequada.
Certamente, os servidores concordariam em pagar mais, contanto que tenham rede
de atendimento compatível com suas necessidades, mas este é o problema. Aumentar a contribuição atual e
manter a administração da GEAP é risco. Se a PREVIC fiscaliza o pecúlio, a ANS
não fiscaliza o plano de saúde. É mesmo o caos.
É grave a denuncia que faço 20% dos atuais servidores do INSS estão fora
da GEAP. Por quê? Perderam a confiança
nela. Sei que muitos servidores estão migrando para outros planos, não porque
desejam sair da GEAP, não, mas por absoluta falta de atendimento nos hospitais
e clínicas. Chego a acreditar na implantação da teoria do caos para aumentar a
mensalidade, ou na pior das hipóteses para implodir a GEAP e agravar consequentemente
a saúde dos servidores, em especial os com mais de 50 anos, que enfrentarão dificuldades pois qualquer plano cobrará uma exorbitância para aceita-los e eles não
terão condições de pagar.
Recentemente tivemos a perda de um funcionário exemplar – Duvanier de
Paiva Ferreira , Secretário de Recursos Humanos do Ministério do Planejamento,
que com certeza teve sua doença agravada pelo excesso de trabalho a frente de
suas longas reuniões resolvendo problemas dos servidores como os do Sistema
Integrado de Atenção a Saúde do Servidor-SIASS e, provavelmente, os relacionados a reclamações da GEAP.
Infelizmente veio a óbito por falta de atendimento em Brasília depois de tentar
atendimento em hospitais anteriormente credenciados pela GEAP. Quem vai pagar
por essa perda irreparável? Lamentável que tenhamos de chegar a extremos para
que alguém faça alguma coisa, brigue, cobre por uma administração melhor na
GEAP. Falam em fechar as portas e intervenção. Será realmente a consagração da
teoria.
Em nove anos de gestão do PT, a GEAP não melhorou nada. Só empulhação.
Só caos. Intervir ou liquidar não vai resolver o problema grave de saúde dos
servidores. A ação do Ministério do Planejamento, neste período, foi trágica.
Senhores, a solução é simples, façam como o Ministro Garibaldi Alves, na
Previdência, chame alguém competente e com compromisso com a instituição. O
ministro nomeou Mauro Hauschild para o INSS e o órgão
funciona maravilhosamente. Como dizia minha vó, quem procura acha. Seria
um passo. Outros deverão ser dados para acabar com os mal feitos que transformaram
a GEAP em balcão de negócios de partidos políticos e que ameaçam a segurança, a
paz e a tranquilidade dos servidores e de seus familiares.
terça-feira, 19 de março de 2013GEAP ESTÁ SUCATEADA IDOSOS MORENDO POR FALTA DE ATENDIMENTO MÉDICO HOSPITALAR
ResponderExcluirSenhor Ministro da Saúde Alexandre Padilha, o senhor está omitindo sobre o péssimo atendimento da GEAP. Não adianta tapar o sol com a peneira, o senhor está omitindo sobre o mal atendimento da GEAP para proteger os cargos de confiança da GEAP, ou seja, PARASITAS, para receber altos salários na GEAP e deixar os segurados morrendo por falta de atendimento médico hospitalar. Eu e minha esposa somos vítimas desta desgraça. Isto começou em 2003 quando o Lula e José Dirceu dominaram, criaram leis inconstitucionais GEAP para servir de cabide de empregos. Só parasitas encompetentes assumiram cargos de confiança na GEAP. Veja está última barbaridade, colocar um afilhado de um político procurado pela INTERPOL. Eu sabia que a cachorrada vinha depois daquela foto que estava o vulgo Maluf, Lula e Haddad, todo mundo sabia que vinha chumbo grosso. O senhor ministro não está agindo bem como um ministro da saúde. blidando a GEAP das sujeiras, ou seja, desrespeitando o Estatuto do Idoso, Código de Defesa do Consumidor e Constituição Brasileira. Somos vítimas desta sujeira há mais de 10 anos. Não sendo atendido por este cabide de empregos que o Partido dos Trabalhadores dominou. Como pode senhor ministro apoiar essa blindagem entre o senhor a ANS e GEAP. Eu e minha esposa somos idosos acima de 65 anos e somos tratados como animais, não temos o direito a cidadania, direito a saúde, é o que consta na Constituição Brasileira. Não estamos usando a GEAP de graçã pagamos mais caro que outro plano de saúde, inclusive o Tesouro Nacional paga uma parte e mais participação de 31%. Nós segurados da GEAP estamos sendo roubados, porque não temos atendimentos médico-hospitalar. Este mes tive que passar por uma cirurgia nos olhos, tive que me ionscrevar em um hospital de referência do estado de São Paulo com médicos da UNICAMP, se fosse pela GEAP poderia ter mais complicações. Acorda senhor ministro da saúde, pare de transformar a GEAP em cabide de empregos, ela está com quase 600 milhões de déficite. Onde foi este rombo, pois a GEAP não paga os profissionais e hospitais.Sabemos que o senhor foi nomeado pela presidenta Dilma, o presidente da ANS também pelo PT e a diretoria da GEAP indicada pelo PT aí vira uma baderna. Tudo fica blindado. A ANS suspende e pune planos de saúde no Brasil, mas a GEAP não, para dar vagas para parasitas, digo parasitas não colocam seus nomes e telefones no site para não ser incomodados pelas vítimas da GEAP. Através de um INQUÉRITO CÍVEL PÚBLICO que foi movido pelo MPF que acionei a GEAP foi multada em 80 mil reais, sei que isto para a GEAP é cascata, pois não vão pagar esta multa.Enquanto isso, a saúde do segurado está cada vez piorando. Senhor ministro isso que voces estão fazendo é o mesmo que se usa no Irãn e Cuba. Será que o PT quer fazer o mesmo com o segurado igual acontece no Irãn e Cuba.
Senhor ministro, aquilo que o senhor declarou que ia afastar uma conselheira da GEAP é pressão para colocar o afilhado do Maluf, até os analfabetos sabem disso. Procurem no GOOGLE - GEAP CORRUPÇÃO--- GEAP EURIPEDES MENDES DA CUNHA---. GEAP SUCATEADA.--- GEAP PIOR PLANO DE SAUDE DO BRASIL. --- www.youtube.com GEAP ESTÁ SUCATEADA IDOSOS MORENDO POR FALTA DE ATENDIMENTO MÉDICO HOSPITALAR
Senhor ministro, mostre que o senhor é um homen de caráter e não deixei as vítimas da GEAP morrem por falta de recursos médicos e hospitalar