Veículo: CORREIO BRAZILIENSE ONLINE
Seção: BRASIL / ECONOMIA / POLÍTICA
Dirigentes da Geap acusam
governo de tentar devolver entidade ao PP
Integrantes dos
conselhos Deliberativo e Consultivo da Fundação de Seguridade Social (Geap) acusaram ontem o governo de interferência
política indevida para tentar afastar a conselheira Eloá Cathi Lôr e, assim,
conseguir devolver a direção executiva da instituição ao PP de Paulo Maluf, que
apoiou a candidatura de Fernando Haddad a prefeito de São Paulo. "Eloá
está sendo bode expiatório porque passou a votar com os trabalhadores",
afirma Henrique Menezes, representante eleito do conselho consultivo. O PP
malufista reivindica a retomada do cargo desde o final do ano passado, quando
Paulo Paiva, indicado pelo deputado paulista, foi afastado por decisão do
conselho, sem consulta prévia ao governo federal.
Um
novo diretor ligado ao grupo só poderá ascender ao posto se tiver maioria no
Conselho Deliberativo. Ele é formado por três representantes eleitos dos
trabalhadores e três do governo, indicados pelos Ministérios da Saúde, dos
Transportes e da Previdência. Em caso de empate nas votações, o voto de minerva
cabe ao presidente do colegiado, considerado aliado fiel do governo. Já Eloá é
vista como voto garantido contra a indicação do representante do PP. Por isso,
dizem os conselheiros, o governo estaria tentando substituí-la. Na reunião em
que Paiva foi afastado, os conselheiros dizem ter recebido pressões diretas do
secretário-executivo do Ministério da
Previdência, Carlos Gabas, para que a medida não fosse adotada.
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