ANASPS
URGENTE 4 - 02.02.2015
Renan
Calheiros já foi três vezes presidente do Senado
01/02/2015, 18h59 - ATUALIZADO EM
01/02/2015, 22h42
Renan Calheiros, com os atuais
vice-presidentes, Romero Jucá e Jorge Viana
Jonas Pereira/Agência Senado
É a quarta vez que
Renan Calheiros (PMDB-AL) sai vitorioso na disputa pela Presidência do Senado.
Sua estreia como presidente da Casa foi em 2005, quanto obteve 72 votos como
candidato único ao posto.
Pela quarta vez, o
senador Renan Calheiros (PMDB-AL) é eleito presidente do Senado. Renan derrotou
seu colega de partido Luiz Henrique (PMDB-SC) por 49 a 31. Houve um voto nulo.
A votação foi secreta.
As negociações para
a eleição do presidente do Senado foram levadas até o último minuto antes do
início do processo de votação. Com isso, a posse dos 27 senadores eleitos em
outubro, que antecedeu a eleição, atrasou em cerca de uma hora.
Naquele ano,
prometeu dar ampla visibilidade ao trabalho da instituição e aproximá-la
da população, fazendo o povo entender a atividade legislativa. Renan tinha em
mente ações para fortalecer o Senado com agilidade para conduzir reformas e
fazer o país avançar. Mencionou a necessidade de maior equilíbrio no pacto
federativo e de aperfeiçoamento no ordenamento jurídico nacional.
A prioridade,
segundo ele, seria a votação da reforma política. Também queria modificar leis
importantes, como a do orçamento, porque o queria mais impositivo, mais
transparente e com mais garantias de qualidade do gasto público.
Nem tudo andou
conforme Renan previu no início de 2005. Quatro meses depois, Planalto e
Congresso mergulharam na maior crise do governo Lula e uma das maiores desde o
impeachment de Fernando Collor, em 1992. O deputado Roberto Jefferson (RJ),
presidente do PTB, denunciou em maio a existência do esquema de compra de apoio
que ficaria conhecido como mensalão. O Senado enfrentou três comissões
parlamentares de inquérito investigando o governo, sempre com Renan sustentando
que a crise não enfraquecia a democracia nem o presidente da República.
Segundo mandato
O ano de 2007
marcou a vida e a carreira de Renan profundamente. Reeleito presidente com 51
votos contra 28 do senador José Agripino (DEM-RN), fez o discurso da vitória
dizendo que as disputas democráticas engrandecem a instituição, fortalecem a
democracia e trabalham pela evolução do Legislativo. Renan renovou seu
compromisso pela autonomia e independência do Senado, por sua modernização, sua
transparência e pela democratização das decisões.
Renan, contudo, não
cumpriu todo o mandato. Ao enfrentar denúncias no Conselho de Ética do Senado,
ele decidiu deixar a Presidência.
Ao anunciar seu
afastamento, em novembro de 2007, Renan disse que a Presidência do Senado
decorre de circunstâncias políticas. “Entendo também que quando tais
circunstâncias perdem densidade, ameaçando o desempenho das atividades
legislativas, é aconselhável deixar o cargo. Assim, renuncio ao mandato de
presidente do Senado Federal sem mágoas e sem ressentimentos, de cabeça
erguida, demonstrando mais uma vez que não usei das prerrogativas do cargo para
me defender”.
A crise abalou o
mandato e a instituição como um todo, mas nos processos que chegaram ao
Plenário por quebra de decoro — o suposto pagamento da pensão de uma filha fora
do casamento por empreiteira e a compra de rádios em nome de laranjas — ele foi
absolvido. Neste último processo, foram 48 votos contra a cassação, 29 a favor
e 3 abstenções.
Terceiro mandato
O senador cumpriu o
mandato até o fim e foi reeleito pelo povo de Alagoas para o período 2011-2019.
A cadeira de presidente estava, novamente, em seu caminho. Ao fim do último
mandato de José Sarney na Presidência, Renan voltou ao cargo em 2013 pelo voto
de 56 senadores — seu oponente foi o então senador Pedro Taques (PDT-RO),
que teve 18 votos. O parlamentar inaugurou seu terceiro mandato à frente da
Casa propondo quatro eixos de trabalho: reformar a administração em busca da
racionalidade e da modernização, criar a Secretaria da Transparência para
cuidar das demandas da sociedade relativas à Lei de Acesso à Informação,
reforçar o papel do Senado como Casa da Federação na área legislativa e manter
o compromisso permanente com a democracia e com a liberdade de expressão.
No discurso de
posse, ressaltou a importância do equilíbrio entre os Poderes da República e
saiu em defesa de um Legislativo mais forte. Também criticou o excesso de
medidas provisórias que chegam ao Congresso e prometeu acabar com o
acú33663mulo de vetos aguardando deliberação.
Nos últimos dois anos
sob o comando de Renan, o Senado reduziu seus gastos em 20%. Ele cortou
contratos terceirizados da casa; acabou com o serviço médico ambulatorial;
aumentou a carga horária dos servidores; cortou despesas com horas extras,
verbas indenizatórias, diárias, passagens aéreas e correios; e determinou
controle dos gastos com papel, água e energia elétrica. Isso levou a uma
economia de R$ 530 milhões, de um orçamento anual de aproximadamente R$ 3
bilhões
Novo presidente da
Câmara, Cunha quer independência sem prejuízo à governabilidade
Agência Câmara 01/02/2015 -
22h38 Atualizado em 01/02/2015 -
23h02
Eduardo Cunha pretende votar nos
próximos dias a PEC do orçamento impositivo das emendas parlamentares.
Cunha
disse que há um anseio dos deputados por uma Casa menos atrelada às demandas do
governo.
O deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) foi eleito neste domingo (1º)
presidente da Câmara dos Deputados para o biênio 2015-2017. Cunha ganhou a
disputa em primeiro turno, derrotando seus três oponentes por 267 votos, de um
total de 513 votantes. O deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP) foi o segundo mais
votado, com 136 votos. Júlio Delgado (PSB-MG) contou com 100 votos e Chico
Alencar (Psol-RJ) teve 8 votos. Houve dois votos em branco.
Ao tomar posse, logo após ter o nome confirmado no painel de
votações do Plenário, Cunha fez questão de ressaltar que será “o presidente de
todos” e vai colocar em prática o mote de sua campanha, que foi a independência
da Casa em relação aos demais poderes. Prova disso é que já indicou como
“prioridade zero” dos próximos dias a conclusão da votação da proposta de
orçamento impositivo de emendas parlamentares (PEC 358/13) – falta
votar o segundo turno.
Cunha ressaltou que vai trabalhar com as pautas de consenso dos
líderes, sem priorizar as demandas que vêm do governo. Também afirmou que a vitória
deixa para trás as possíveis sequelas de uma campanha que classificou como
“dura” e de muitos ataques. E deixou claro que a sua eleição não afeta a
governabilidade. “Somos responsáveis o suficiente para saber que o País precisa
uma estabilidade política. E que nós não vamos ter estabilidade econômica sem
estabilidade política. Não será a Presidência da Câmara que vai provocar a
instabilidade”, afirmou.
Vitória
Para o novo presidente, a vitória não pode ser creditada na conta da oposição nem de um movimento contra o governo. Para ele, o caminho que o levou à Presidência da Casa foi construído com articulação, que envolveu até governadores, e pelo anseio dos deputados por uma Casa menos atrelada às demandas do Poder Executivo.
Para o novo presidente, a vitória não pode ser creditada na conta da oposição nem de um movimento contra o governo. Para ele, o caminho que o levou à Presidência da Casa foi construído com articulação, que envolveu até governadores, e pelo anseio dos deputados por uma Casa menos atrelada às demandas do Poder Executivo.
“Na verdade, a oposição não venceu, e o governo também não. O
que aconteceu foi que a Casa venceu. Esse é o resultado do processo”, disse.
“Temos que devolver à Câmara a dimensão que ela deveria ter e que o Brasil
merece que ela tenha. O Parlamento reagiu no voto”, concluiu.
Para ele, existe um sentimento entre os deputados de que um
mesmo partido não pode controlar todos os poderes. Segundo Cunha, os ganhos
institucionais recentes do Congresso – ele citou o orçamento impositivo das
emendas e a nova interpretação do trancamento
de pautas por medidas provisórias –
ocorreram quando a Presidência da Câmara estava com o PMDB, e não com o PT.
Biografia
Carioca, 56 anos, Cunha assume a Presidência depois de uma intensa campanha, que começou em dezembro do ano passado, passou por todos os estados do País e contou com um arco de apoio que incluiu partidos da base aliada do governo Dilma Rousseff e da oposição.
Carioca, 56 anos, Cunha assume a Presidência depois de uma intensa campanha, que começou em dezembro do ano passado, passou por todos os estados do País e contou com um arco de apoio que incluiu partidos da base aliada do governo Dilma Rousseff e da oposição.
Economista de formação, casado, quatro filhos, Eduardo Cunha é um
dos principais articuladores políticos do Congresso. A fama foi conquistada
principalmente na legislatura passada, quando liderou o PMDB. Também foi presidente da
Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), a principal comissão
da Câmara. Com a eleição para presidente, a liderança do partido será ocupada
por outro deputado, a ser escolhido em breve.
Projetos de sua autoria deram origem a três leis que estão em
vigor: Lei 11.429/06, que traz regras para a transferência de recursos de
depósitos judiciais; Lei 12.346/10, que trata do exame periódico em atletas; e a
Lei 12.467/11, que regulamentou a profissão de sommelier (profissional que
trabalha com vinhos).
Para o deputado Danilo Forte (PMDB-CE), um dos parlamentares
mais próximos de Cunha, a eleição do correligionário deve-se ao entendimento do
novo presidente, compartilhado pelos demais deputados, de que a Câmara precisa
estar mais próxima da população, e isso significa, às vezes, não estar com o
governo. “Ele assumiu o compromisso correto de separar a pauta da sociedade,
para não ser uma pauta única e exclusiva do governo. Acho que, com isso, ele
cresceu e ganhou o respeito e a credibilidade dos pares”, disse.
O líder do PT, deputado Vicentinho (SP), afirmou que não
esperava uma derrota do deputado Arlindo Chinaglia em primeiro turno. “Não
podemos deixar de reconhecer que não tivemos os votos que queríamos”, disse
Vicentinho. Ele também afirmou que espera que a base do governo se recomponha
após a eleição.
Mesa
Com a derrota de Chinaglia, o PT, maior partido da Casa, não terá nenhum membro na Mesa Diretora. Essa situação não ocorria desde 2005, quando o então deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) presidiu a Câmara, mas Aldo era da base aliada e teve apoio dos petistas.
Com a derrota de Chinaglia, o PT, maior partido da Casa, não terá nenhum membro na Mesa Diretora. Essa situação não ocorria desde 2005, quando o então deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP) presidiu a Câmara, mas Aldo era da base aliada e teve apoio dos petistas.
Com a eleição de hoje, o PMDB mantém o recorde de ser o partido
que mais ocupou a Presidência da Casa: nove vezes desde que o partido recebeu o
registro eleitoral, em 1981. E Cunha garante a permanência de um carioca ao
posto máximo da Casa. Antes dele, houve Henrique Eduardo Alves (2013-2015) –
que, no entanto, fez carreira política no Rio Grande do Norte – e Célio Borja
(1975-1977), durante o regime militar.
PREVIDÊNCIA
SOCIAL, 92 ANOS; ANASPS, 23 ANOS.
PREVIDÊNCIA SOCIAL PÚBLICA PATRIMÔNIO DOS BRASILEIROS
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