ANASPS URGENTE 80
Brasília, 18 de
abril de 2016
Projeto de Lei de
Diretrizes Orçamentárias de 2017 prevê equilíbrio fiscal. Salário mínimo será
de R$ 946,00
Governo encaminhou PLDO ao Congresso com
previsão de crescimento do PIB de 1% e inflação de 6%
Publicado pelo Ministerio do Planejamento:
15/04/2016 18h57, última modificação: 15/04/2016 19h06
O
governo encaminhou, nesta sexta-feira (15), ao Congresso Nacional, o Projeto de
Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) de 2017 no qual se prevê orçamento
equilibrado no próximo ano, com superávit primário para o setor público
consolidado de R$ 6,788 bilhões, equivalente a 0,1% do Produto Interno Bruto
(PIB). O montante deverá ser alcançado pelos estados, o Distrito Federal e os
municípios, sendo que, para a União, a estimativa é de resultado correspondente
a zero em relação ao PIB. “Estamos cumprindo nossa missão institucional de
apresentar, no prazo legal, a melhor peça possível com diretrizes
orçamentárias, que será aprimorada no debate com o Legislativo”, disse o
ministro do Planejamento, Orçamento e Gestão, Valdir Simão, durante o anúncio
do PLDO 2017 em entrevista coletiva à imprensa.
Foto: Gleice Mere/Ministério do Planejamento
O
ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, considerou factível o resultado esperado
para o próximo ano, tendo em vista que a retomada do crescimento é esperada já
a partir do último trimestre de 2016. O cenário, segundo ele, é de trajetória
descendente da inflação e dos juros e de maior estabilidade cambial. A
prioridade do governo, agora, resumiu, é a retomada do emprego e a estabilidade
da renda.
A
estabilidade cambial esperada evitará, ao longo deste ano, gastos com swaps cambiais
utilizados para minimizar riscos em contratos de comércio exterior e que, no
ano passado, chegaram a representar 1,71% do PIB.
O
projeto encaminhado prevê a possibilidade de redução da meta de resultado
primário em 2017 em até R$ 42 bilhões no caso de frustração de receitas da
União, e de até R$ 23 bilhões, para atendimento de despesas do Programa de
Aceleração do Crescimento (PAC).
O
PLDO apresenta também um esforço feito pelo governo de contenção de gastos
discricionários (despesas consideradas de execução não obrigatórias), diante do
fato de que, do lado das receitas, o controle do orçamento é menos previsível.
O mesmo acontece com despesas obrigatórias, que só podem ser alteradas com
autorização do Congresso.
Valdir
Simão lembrou que o volume das despesas discricionárias, em 2015, ficou 10%
abaixo do valor de 2014, em termos nominais (sem descontar a inflação do
período). Ele disse que o rigor nos gastos de governo continuará em 2017, com a
revisão, por exemplo, de contratos de serviços terceirizados. Ele destacou o
papel do Comitê de Monitoramento e Avaliação de Políticas Públicas Federais (CMAP),
cuja tarefa é de “colocar uma lupa” em todo o orçamento, com foco nas despesas
administrativas, de pessoal e programas finalísticos. Os resultados do CMAP
servirão de insumo para a confecção da Lei Orçamentária 2017 (LOA), a ser
encaminhada ao Congresso no dia 31 de agosto.
Para
2018, o governo trabalha com meta de superávit consolidado de 0,8% do PIB,
sendo 0,5% a ser alcançado pela União e, 0,3%, pelos estados, o Distrito
Federal e os municípios. E, para 2019, a meta é de 1,4% do PIB, sendo a União
responsável por 1% e, estados, o DF e os municípios, por 0,4%.
Entre
os parâmetros macroeconômicos apresentados pela equipe econômica ( confira
a apresentação do ministro Valdir
Simão), foi considerado crescimento de 1% do PIB no próximo ano; de
2,9%, em 2018; e de 3,2%, em 2019. A inflação calculada pelo IPCA (Índice de
Preços ao Consumidor Amplo) é estimada em 6% para 2017; em 5,44%, para o ano
seguinte; e, em 5%, em 2019. A projeção do valor do salário mínimo para 2017, é
de R$ 946; para 2018, R$ 1.002,70; e para 2019, R$ 1.067,40.
Em
relação aos juros da Selic (Taxa Referencial), a previsão é de que encerre 2017
no patamar de 12,75% ao ano; 2018, em 11,50% ao ano; e, 2019, em 11%. E, em
relação ao câmbio, a expectativa do governo é de que o dólar comercial chegue a
R$ 4,40 no final do próximo ano, descendo a R$ 4,33 no final do ano seguinte,
voltando aos R$ 4,40 no fim de 2019.
Quanto
à dívida bruta do setor público, a previsão é de que represente 73% do PIB em
2017; 72,7%, em 2018; e 71,8%, em 2019, com queda nominal de 5,7% no próximo
ano, de 4,3, no ano seguinte, e de 3,6%, em 2019.
Entre
as prioridades da administração pública federal constantes do projeto, são
destacados no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC): o Minha Casa, Minha
Vida, a construção de Unidades Básicas de Saúde (UBS) e de creches, além de
manutenção de rodovias. No Plano Brasil sem Miséria (PBSM), estão programados o
Bolsa Família e Assistência Social.
Como
medidas restritivas de gastos, em 2017, estão: a proibição de admissão de novos
servidores, com exceção para o Fundo Constitucional do Distrito Federal (FCDF),
Defensoria Pública da União, substituição de terceirizados, militares, e
concursos em andamento. Foram mantidas as restrições e vedações previstas na
LDO 2016 em relação a passagens, diárias e auxílio-moradia. Está prevista,
ainda, a vedação de ajustes nos benefícios dos servidores que se encontram
acima da média paga pela União.
PREVIDÊNCIA
SOCIAL, 93 ANOS; ANASPS, 23 ANOS.
PREVIDÊNCIA SOCIAL PÚBLICA PATRIMÔNIO DOS BRASILEIROS
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