quinta-feira, 29 de maio de 2014

Informativo INSS


O INSS informa que, em decorrência da modernização do Centro de Processamento da Empresa de Tecnologia e Informações da Previdência Social (DATAPREV), no período de 30 de maio a 1º de junho, os sistemas de atendimento do Instituto estarão indisponíveis em todas as suas unidades. No entanto, as agências estarão funcionando somente para prestação de orientações e informações aos segurados.


Esta interrupção também afetará os serviços previdenciários disponíveis no portal da Previdência Social (www.previdencia.gov.br) e na Central de Teleatendimento 135. Serviços como agendamento de atendimento, extrato de pagamentos, inscrição na Previdência Social, Guia da Previdência Social entre outros estarão indisponíveis.

O presidente do Senado Federal, Senador Renan Calheiros (PMDB/AL), incluiu na noite desta terça-feira, 28/05, a PEC 63/2013, que restabelece o Adicional por Tempo de Serviço (ATS) para os Magistrados e para os membros do Ministério Público, na Ordem do Dia do plenário com o objetivo de dar início a primeira de cinco sessões de discussão da proposta.
Na oportunidade, apenas o Senador Humberto Costa (PT/PE) utilizou a palavra para solicitar o adiamento da discussão da matéria. O pedido, contudo, não logrou êxito e a PEC acabou cumprindo a primeira sessão de discussão em plenário.
Assim, nesta quinta-feira, se houver Ordem do Dia no plenário da Casa, poderá haver a segunda sessão de discussão da proposição. Lembro que até a última (quinta) sessão de discussão, poderão ser oferecidas emendas à proposta.

Projeto de Lei 756/2011

A deputada Flávia Morais (PDT/GO), relatora do Projeto de Lei 756/2011, que dispõe sobre normas de equidade de gênero e raça, de igualdade das condições de trabalho, de oportunidade e de remuneração no serviço público, na Comissão de Trabalho, Administração e Serviço Público (CTASP), apresentou favorável à matéria, com substitutivo.

Recordo que a proposição já tramitou pela Comissão de Direitos Humanos e Minorias (CDHM), onde foi teve aprovado parecer contrário, e seguirá, posteriormente, à Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC).

Assim, será aberto prazo de cinco sessões ordinárias para apresentação de emendas ao substitutivo a partir desta sexta-feira (30).


terça-feira, 20 de maio de 2014

Perspectivas da Agenda Semanal dos Poderes

A terceira semana de maio promete ser intensa nos bastidores de Brasília em virtude do início das movimentações em torno das alianças para as eleições de outubro. No Legislativo, o Congresso Nacional reúne-se para tentar votar, novamente, os vetos presidenciais; no Executivo, a Presidente Dilma Rousseff viaja para a inauguração de trecho da ferrovia Norte-Sul; e, no Judiciário, o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) deve analisar distribuições de verbas entre órgãos do Judiciário.
Os outros dois pré-candidatos ao Planalto também têm agendas para o início da semana. O senador Aécio Neves (PSDB/MG) lança a pré-candidatura de Pimenta da Veiga (PSDB) ao governo mineiro. Comporão a chapa os pré-candidatos Dinis Pinheiro (PP), como vice-governador, e o ex-governador Antônio Anastasia (PSDB) para o Senado Federal. Já Eduardo Campos (PSB) se reúne com correligionários em Recife e não terá aparições públicas.
No âmbito do Judiciário, o CNJ deve se reunir para começar a debater proposta de resolução para criar parâmetros de distribuição do orçamento entre os órgãos de primeiro e segundo grau do Judiciário, no intuito da distribuição ser o mais equânime possível. Ainda estão em pauta 13 processos disciplinares contra juízes e um eventual caso de nepotismo.
Ainda há a expectativa que a Fundação Getúlio Vargas (FGV) apresente os dados do IPC-S Capitais, que mede a variação média de preços semanais (coletados ao longo de quatro semanas) nas principais capitais do país, e do IGP-M, que serve como índice de reajuste para alugueis.
O pré-candidato à presidência pelo PSB, Eduardo Campos, viaja à Bahia para reunião com estudantes universitários e para visita do Hospital da Mulher, em Feira de Santana.
No Congresso Nacional, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado Federal que investiga a Petrobrás deve ouvir o ex-presidente da estatal, José Sérgio Gabrielli, para tratar da compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos. Os senadores também devem pedir à Justiça do Paraná os autos da operação Lava-Jato.
O Congresso Nacional se reúne para analisar 14 vetos presidenciais. Essa é a quarta reunião do Congresso no ano para análise de vetos e em nenhuma das reuniões anteriores houve deliberação. A pauta conta com os vetos apostos ao projeto de criação e desmembramento de municípios e a dispositivos sobre a minirreforma eleitoral.
Na quarta-feira (21), a presidente Dilma deve assinar o decreto que institui a Política Nacional de Participação Social, que pretende orientar órgãos da administração pública federal a aumentarem o diálogo com a sociedade civil.
Já Eduardo Campos deve viajar à Paraíba para participação em dois eventos: no primeiro, em Campina Grande, deve apresentar palestra sobre inovação, tecnologia e desenvolvimento regional, e no segundo, junto à Pastoral da Criança, participa do Fórum de Jovens Líderes da Paraíba.
A Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF) poderá apreciar o parecer do deputado Rogério Carvalho (PT/SE), recomendando a aprovação, com substitutivo, ao PL 4653/1994, que dispõe sobre a jornada de trabalho de 40 horas semanais. Também está na pauta o PL 5936/2009, que veda a dispensa arbitrária ou sem justa causa do trabalhador cuja esposa ou companheira gestante não goze do mesmo benefício.
A Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), do Senado, deve analisar a PEC 63/2013, que institui a parcela indenizatória de valorização por tempo na Magistratura e Ministério Público. Também está na pauta o PLS 728/2011, que prevê o incidente de celeridade processual e medidas cautelares específicas, bem como disciplinar o direito de greve no período que antecede e durante a realização da Copa do Mundo.
Ainda há a expectativa da divulgação de dois índices econômicos importantes. O IBGE deve apresentar os dados sobre Pesquisa Mensal de Emprego, e a FGV a prévia da Sondagem da Indústria.
Na sexta-feira (23), a presidente visita a região Norte. Dilma deve entregar máquinas agrícolas e títulos de regularização fundiária na cidade de Ji-Paraná, no estado de Rondônia.
A FGV também poderá divulgar dados de duas importantes pesquisas: o IPC-S, que mede a variação de preços em diversas cidades brasileira, e a Sondagem do Consumidor, que pretende analisar o sentimento dos consumidores sobre o estado geral da economia e das suas finanças pessoais.
Por fim, no sábado, o pré-candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, deve viajar a Porto Alegre (RS) para participar da cerimônia de lançamento da pré-candidatura da senadora Ana Amélia (PP) ao Palácio do Piratini.


segunda-feira, 19 de maio de 2014

O senador Roberto Requião (PMDB/PR) é o novo relator, na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), do Projeto de Lei do Senado (PLS) 124/2014, que acrescenta parágrafo único ao art. 579 da Consolidação das Leis do Trabalho, para isentar da contribuição sindical os servidores públicos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.


A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 400/2014, de autoria do deputado Irajá Abreu (PSD/TO), que determina que Lei da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios estabelecerá critérios para concessão de remuneração variável a servidor, foi recebida, ontem (15/05), na Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJC).

Desta forma, o presidente do colegiado, deputado Vicente Cândido (PT/SP), deverá designar o relator da matéria.
No Senado Federal

Data
Parlamentar/Pronunciamento
09/05
PAULO PAIM (PT-RS) classificou como alarmantes os níveis de sonegação fiscal no Brasil e disse ser necessário intensificar a fiscalização para a identificação “dos ralos pelos quais fluem imensas somas de dinheiro público”.
13/05
ANIBAL DINIZ (PT-AC) disse que uma boa maneira de o Senado comemorar o 13 de maio, dia da Abolição da Escravatura, é o Plenário aprovar  proposta da Presidência da República, já votada pela Câmara, que reserva 20% das vagas nos concursos para a administração pública para negros e pardos (PLC 29/2014).


Movimentação dos pré-candidatos à presidente e instalação do CPI da Petrobras foram  os destaques da semana

Semana movimentada nos poderes da República. No Executivo, a presidente participou de eventos que tratavam sobre a infraestrutura do país. No Legislativo, o Senado iniciou os trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras. E, no Judiciário, o Superior Tribunal Eleitoral (TSE) empossou o novo presidente.
Ainda no Congresso Nacional, a Comissão Mista da MPV 634/2013, que prorroga o prazo para a destinação de recursos aos Fundos Fiscais de Investimentos e altera a legislação tributária federal, aprovou o parecer do senador Eunício Oliveira (PMDB/CE). O texto aprovado na Comissão Mista inseriu a correção de 4,5% da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física (IRPF) para 2015. A matéria segue ao Plenário da Câmara.
Já no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ministro Dias Toffoli foi empossado como presidente daquela Corte. Na ocasião, Toffoli apontou os dois principais desafios que a Corte enfrentará durante a sua gestão: adaptar-se às novas tecnologias e às novas mídias, além de fortalecer o sistema partidário e o papel dos partidos. Para o novo presidente do TSE, as novas mídias e as redes sociais “ampliaram o espaço da praça pública, e isso provoca a necessidade de repensar as formas de participação popular”.
Toffoli cumprirá mandato de dois anos e comandará as eleições gerais de 2014. Sua posse contou com a presença dos três principais pré-candidatos à presidente da República: Aécio Neves, Dilma Rousseff e Eduardo Campos.
Na quarta-feira (14/05), o Plenário da Câmara aprovou o PL 7220/2014, de autoria do senador Alfredo Nascimento (PR/AM), que classifica como hediondo o crime de favorecimento da prostituição ou de outra forma de exploração sexual de criança ou adolescente ou de vulnerável. A matéria segue à sanção presidencial.
Por sua vez, o Plenário do Senado Federal aprovou, por 55 votos favoráveis e 1 contrário, o Projeto de Lei do Senado (PLS) Complementar 104/2014, que dispõe sobre o procedimento para a criação, a incorporação, a fusão e o desmembramento de Municípios. A matéria segue à Câmara dos Deputados.
O Plenário também aprovou a indicação do General-de-Exército Odilson Sampaio Benzi para exercer o cargo de Ministro do Superior Tribunal Militar, na vaga decorrente da aposentadoria do General-de-Exército Raymundo Nonato de Cerqueira Filho.
A Comissão Externa da Câmara dos Deputados destinada a investigar a relação da Petrobras com a SBM Offshore (CEXPETRO) deliberou pela suspensão dos trabalhos, já que foi realizado tudo que estava ao alcance do Colegiado. A partir de agora, a Comissão produzirá um relatório parcial com o que já foi discutido e votado pelos deputados-membros e aguardará que a CPI da Petrobras investigue pontos envolvendo a estatal que não estavam incluídos no escopo de investigação da CEXPETRO.
         Já o Plenário do STF decidiu que, em ações propostas por entidades associativas, apenas os associados que tenham dado autorização expressa para sua propositura poderão executar o título judicial. Deste modo, o Plenário reafirmou a jurisprudência da Corte no sentido de que não basta permissão estatutária genérica, sendo indispensável que a autorização seja dada por ato individual ou em assembleia geral. O recurso foi interposto pela União e a decisão de hoje reforma acórdão do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) que estendeu a todos os associados da Associação Catarinense do Ministério Público (ACMP) o direito de executar decisão que garantiu correção de 11,98% sobre a gratificação paga aos promotores eleitorais, retroativamente a março de 1994.
Também foi aprovado o Projeto de Decreto Legislativo (PDC) 1411/2013, que aprova o texto do Acordo entre o Governo da República Federativa do Brasil e o Governo da República Islâmica do Irã sobre a Isenção de Visto para Portadores de Passaportes Diplomáticos, firmado em Brasília, em 23 de novembro de 2009.
Na Câmara, o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar abriu processo por quebra de decoro contra o deputado Luiz Argôlo (SD/BA) por seu suposto envolvimento com o doleiro Alberto Youssef, preso na operação Lava Jato, da Polícia Federal.
Já no STF, o Plenário rejeitou, por unanimidade dos votos, denúncia (Inquérito 2966) oferecida pelo Ministério Público Federal (MPF) contra o deputado federal Wellington Fagundes (PR/MT).
Ao longo da semana, a Confederação Nacional de Municípios (CNM) realizou a 17ª Marcha dos Prefeitos. O evento reafirmou o posicionamento dos municípios pelo aumento do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), por meio da aprovação da PEC 406/2009, de autoria do deputado Alfredo Kaefer (PSDB/PR). Os prefeitos também se reuniram com as suas respectivas bancadas. Em consequência das reivindicações, o presidente da Câmara dos Deputados, Henrique Eduardo Alves (PMDB/RN), criou Comissão Especial para emitir parecer de mérito à proposta.
Durante a semana, foi sancionada a Lei 12974/2014, que dispõe sobre as atividades das Agências de Turismo.


sexta-feira, 16 de maio de 2014

A Presidenta está em dívida conosco

Por Paulo Cesar Regis de Souza (*)

A véspera das eleições em que a Presidenta Dilma é candidatíssima à reeleição, não custa lembrar que a situação dos servidores públicos federais (oia nois na fita!) ficou ruim com o governo FHC – que defendia o Estado mínimo, a privatização e a terceirização Dos servidos públicos - não melhorou no governo Lula nem no seu. Um grande jornal constatou e estampou que “o descontentamento do funcionalismo com ela (Dilma) é gritante”.

Lula manteve intocada a perversa estrutura de remuneração de seu antecessor, com base em gratificações de produtividade, que não medem produtividade de nada. Houve carreiras que acumularam até três gratificações de produtividade em cima de um vencimento básico ridículo. As gratificações foram uma invenção de algum arrivista, temporário ou terceirizado, de mal com a vida, que resolveu matar dois coelhos com uma cajadada só: as gratificações não são incorporadas às aposentadorias e os inativos, em princípio, não as recebem, a não ser por via judicial.

Além do que os aumentos anuais e obrigatórios foram concedidos abaixo da inflação gerando perdas jamais repostas.

Os servidores viram em Lula o salvador da pátria e se esborracharam, pois além do “arrocho salarial” com a manutenção do nefando “vencimento básico” e recomposição salarial reduzida,  impôs com seu braço sindical,  a  2ª. reforma da Previdência que tirou direitos sociais (aposentadoria integral, isonomia entre ativos e inativos e entre civis e militares, fixação da idade mínima, não incorporação das gratificações e vantagens) e conquistas constitucionais dos servidores e acabou por taxas os inativos.

Disto Lula não se lembra e a CUT finge que não é com ela!

No final do governo Lula e para agradar o que o PT considera elite do serviço público instituiu-se a remuneração por subsídio para algumas categorias, ditas de Estado, incorporando as gratificações que eles não levariam para suas aposentadorias. Um pequeno grupo foi beneficiado. Uma multidão ficou na chuva e se molhando. Criou-se sem querer querendo duas classes de servidores: de 1ª (“as zelites”) e de 2ª (“a ralé”).        
Não fosse a intervenção e o prestígio do senador José Pimentel, então ministro da Previdência, não teríamos arrancado um Plano de Carreira que atenuou parte de nossas dificuldades do INSS.  Foi tudo na marra e às pressas, o que nos custou desajustes até hoje aguardando correções.

O ministro Garibaldi Alves percebeu quando chegou ao Ministério e pediu novamente 10 mil servidores para preencher os claros da Previdência, reiterando pedido que o seu antecessor deixara nos escaninhos do Ministério do Planejamento. Pediu também a revisão do Plano Carreira para promoção de ajustes. Até hoje não conseguimos nem uma coisa nem outra. As novas agências do INSS que foram implantadas tem um mínimo de servidores e algumas delas estão fechadas. A insensibilidade do Ministério do Planejamento tem sido absurda e siderúrgica.

Garibaldi criou uma Comissão, convocou servidores, embalou a instituição, mas acabou desautorizado pelo Planejamento que não faz nada pelos servidores e não deixa ninguém fazer.

A Presidente Dilma foi isolada pelo Planejamento e não houve reajuste salarial para os servidores em 2011, 2012 e 2013, o que acabou em ação judicial que aguarda julgamento, embora houvesse obrigação constitucional para tanto e as elevadas taxas de inflação sugerissem o reajuste.

A Presidente jamais recebeu os servidores.

A ministra do Planejamento idem.

Sustentam um discurso distante, do alto do pedestal, acima do bem e do mal, e jamais cedeu um milímetro nas suas convicções sobre o papel dos servidores e a importância da administração pública.

Não é sem razão que o Planejamento, desprezando os estatutários, encheu o Executivo de pessoas estranhas, (sem concurso) como os comissionados, os terceirizados, os temporários, os contratados por tempo determinado e os contratados através de instituições multilaterais (OPAS, UNESCO, PNUD, etc). Todos com bons salários e vantagens.

Os servidores tiveram uma perda real de salários da ordem de 14%.  Mas não parou aí a sanha redutora: os chamados benefícios sociais dos servidores (auxílio creche, vale refeição, contribuição patronal para o custeio de plano de saúde, exame medico periódico, sem falar que a GEAP foi aparelhada e utilizada para outros fins) vêm sendo paulatinamente reduzidos a cada ano, tornando ainda mais sufocante a vida dos servidores. Diante do grito geral, o governo concedeu reajuste de 5% nos anos de 2013, 2014 a 2015, ou seja, abaixo da taxa de inflação verificada e a presumida. Mais perdas reais de salários, mais sofrimento para os servidores.

Somos de opinião que a Presidenta Dilma tem que abrir os olhos e ver a massa de servidores à sua volta.

Esperamos um gesto de generosidade dela. Não queremos muito. Queremos reconhecimento e respeito.


(*) Paulo César Regis de Souza – Vice Presidente Executivo da Associação Nacional dos Servidores da Previdência e da Seguridade Social-ANASPS

terça-feira, 13 de maio de 2014


O senador Gim (PTB/DF) manteve o parecer favorável, na forma do substitutivo, à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 68/2011que restabelece o adicional por tempo de serviço como componente da remuneração das carreiras que especifica, e das PECs 2/2011 e 5/2011, que tramitam em conjunto.
No dia 18/04/2013, o senador havia pedido a retirada de pauta da PEC para reexame do relatório.
Lembro que o substitutivo do senador estende o adicional por tempo de serviço a todas as carreiras que recebem por meio de subsídio.
Desta forma, a PEC já está apta a ser incluída na pauta da Comissão.
Encaminho, em anexo, o parecer do relator.


O senador Roberto Requião (PMDB/PR) apresentou parecer contrário, na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), à Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 29/2006que altera o art. 39 da Constituição Federal, a fim de tornar obrigatória a instituição de plano de carreira para os servidores públicos da administração pública direta, autárquica e fundacional.
Desta forma, a PEC já se encontra apta a ser incluída em pauta.

Encaminho, em anexo, o parecer do relator.

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Prezados,

O Presidente da Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), senador Vital do Rêgo (PMDB/PB), pautou, como primeiro item da próxima quarta-feira (14), a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 63/2013, que institui a parcela indenizatória de valorização por tempo na Magistratura e Ministério Público.
A reunião da CCJ começará às 10 horas, no Plenário nº 3, da Ala Senador Alexandre Costa.

quinta-feira, 8 de maio de 2014



A Comissão Mista destinada emitir parecer sobre a Medida Provisória (MPV) n.º 632/2013, que altera a Lei nº 8.112, de 11 de dezembro de 1990, e que versa sobre a remuneração de algumas carreiras da administração pública federal, aprovou na tarde desta terça-feira, 06/05, o relatório do senador Antônio Carlos Rodrigues (PR/SP) com duas alterações que foram objeto de Destaque de Votação em Separado, a saber: a inserção da emenda n.º 3, que dispõe sobre a jornada de trabalho dos médicos peritos previdenciários, e a supressão do inciso VI do art. 34 do relatório, que revogava a Gratificação de Qualificação dos servidores de Agências Reguladoras.

O relatório aprovado acatou parcialmente as emendas de n.º 1 e 2 que versam sobre a licença (classista) para atividade sindical. A licença com remuneração não foi acatada pelo colegiado.
Pelo texto, o número de servidores com direito à licença sem remuneração para o desempenho de mandato em confederação, federação, associação de classe de âmbito nacional, sindicato representativo da categoria ou entidade fiscalizadora da profissão é alterado, conforme grifo abaixo (em vermelho as inovações do relatório):

“Art. 92................................................................................................................................
I – para entidades com até 5.000 3.000 associados, um servidor;
II – para entidades com 3.001 a 5.000 associados, dois servidores;
III – para entidades com 5.001 a 30.000 15.000 associados, dois três servidores;
IV – para entidades com 15.001 a 30.000 associados, quatro servidores;
V – para entidades com 30.001 a 50.000 associados, cinco servidores;
VI – para entidades com mais de 50.000 associados, seis servidores.

§ 1º Somente poderão ser licenciados os servidores eleitos para cargos de direção ou de representação nas referidas entidades, desde que cadastradas no órgão competente (Ministério da Administração Federal e Reforma do Estado).”

A medida provisória segue, agora, para análise do Plenário da Câmara dos Deputados.


quarta-feira, 7 de maio de 2014

Da arte de engolir sapos, sem coaxar

Por Paulo César Régis de Souza (*)
Há certas coisas na Previdência Social brasileira que passam batidas para a maioria dos especialistas, da mídia, dos políticos, da população e até dos servidores do Ministério da Previdência Social-MPS e do Instituto Nacional do Seguro Social-INSS.
O ministro Garibaldi Alves é astuto, hábil, sensato, político e “como bom cabrito não berra”. Este é seu lado nordestino, potiguar, que lhe deu sucessivos mandatos, liderança e prestígio.
Certamente é o único político da atualidade, de todos os partidos da base e extra-base, que está fazendo um “intensivão” em Previdência Social vivenciando na prática “fatos, artimanhas, injunções e experiências” na administração do MPS e do INSS, o que outros políticos nem imaginam que possa ocorrer numa situação normal.
Ele finge que tudo é normal e que não é com ele.
Aprendeu desde cedo - além de descascar abacaxi - a engolir sapos sem coaxar para levar adiante a missão que lhe foi confiada pela Presidente Dilma e pelo seu Partido, o PMDB.
Recentemente, no episódio da demissão do Secretário de Política de Previdência Social Dr. Leonardo Rolim, mais um “sapo” foi engolido.
Claro que estamos ao lado do Ministro quando postulamos que o MPS deve ter a formulação e o comando de coordenação da política de Previdência Social, o que lhe cabe legalmente, mesmo sabendo que esta atribuição constitucional foi usurpada pelo Ministério da Fazenda “Social” de forma abusiva, atrabiliária, com profundas repercussões e sequelas no modelo previdenciário construído ao longo de 92 anos com seriedade, competência, responsabilidade e respeito internacional.
Portanto, instalou-se uma situação de anormalidade.
O Ministro e o Ex-secretário apenas verbalizaram o óbvio quando admitiram de público um crescimento nominal no déficit previdenciário em 2014 (na estrita relação contábil da apuração do mesmo déficit, seja receita corrente líquida-menos arrecadação de contribuições sobre folha) com base na evolução das despesas com pagamento de benefícios. Ambos apenas não previram que suas eventuais colocações pudessem ferir suscetibilidades e vaidades dos deuses da Fazenda “Social”, acostumados à manipulação de dados estatísticos que já preocupam o mercado e as instituições multilaterais, como o FMI e a Comunidade Europeia. Sem falar que a comunidade acadêmica acendeu a luz vermelha para as alquimias do superávit primário, financiamento da dívida interna e endividamento da União, estado e municípios que contaminaram outros indicadores.
O Ministério da Fazenda “Social” acabou com a receita previdenciária, incorporada intempestivamente à Receita Federal, e desde então assumiu o comando de formulação e coordenação da política previdenciária.  A ação do MPS e do INSS ficou adstrita à concessão e a manutenção de benefícios.
Ouvi de um ex-ministro do governo Lula a afirmação de que se estivesse à frente do Ministério isto não teria acontecido.
Mas o desastre maior ocorreria em seguida com a forte ampliação das renúncias de contribuições previdenciárias (isenção da contribuição patronal), o mais grave sem contrapartidas efetivas. A Fazenda “Social” ignora que a contribuição patronal (zerada) financia a aposentadoria do trabalhador e que a conta será paga pela sociedade.
Depois da queda, outro coice com a imposição da desoneração da contribuição sobre a folha que foi um presente para a classe patronal e um ferro para a classe dos trabalhadores e da própria Previdência Social.
Sei que o patronato queria o fim da contribuição sobre a folha e não morre de amores pelo Seguro Social, mas a Fazenda “Social” optou pela desoneração, como instrumento de política fiscal que é uma violência sobre a qual os trabalhadores não se manifestaram e aceitaram cabisbaixos, submissos e indiferentes.
Nós da ANASPS fomos um dos únicos que protestamos, porém em vão.
Estamos vivendo um momento de descaminhos impostos à Previdência pela Fazenda Social, que pode custar muito caro ao país caso os segmentos pensantes não reajam às violações do projeto “Pacto de Gerações” de Eloy Chaves, especialmente agora quando sistemas previdenciários de todo mundo começam a enfrentar a crise do crescimento exponencial dos maiores de 70 anos.  O bônus demográfico está se extinguindo e teremos logo o bônus demográfico que será compartilhado pelas futuras gerações.
A Previdência Social não pode e não deve ser instrumento de política fiscal.  É o grande instrumento de política social, com contribuição atuarial definida para fins específicos. Tanto é verdade que da crise de 2008 pra cá foi a Previdência Social que suportou o impacto do descalabro fiscal e financeiro, mantendo a coesão social.


(*) Paulo César Régis de Souza é Vice-presidente Executivo da Associação Nacional dos Servidores da Previdência e da Seguridade Social - ANASPS.